Olá, mergulhadores!
Resolvi fazer uma série especial sobre o livro Olga, de Fernando Morais. Hoje nós temos a primeira parte. Espero que vocês apreciem o mergulho. Vamos lá?
Olga.
Essas quatro letras trazem consigo a força de uma judia comunista alemã,
entregue a Hitler pelo governo Vargas. Em 1985, o jornalista Fernando Morais
deixou a sua marca na literatura brasileira ao retratar com sensibilidade e
competência a trajetória da mulher que lutou “pelo justo, pelo bom e pelo
melhor do mundo”.
Fruto
de um árduo trabalho de pesquisa, o livro vai além da biografia de Olga Benario
Prestes. Em sua composição, é possível visualizarmos o período em que os fatos
ocorreram, graças à união entre texto e contexto, tão bem explorada por Morais.
O resultado é o que o leitor pode considerar uma aula de História Geral e do
Brasil.
As
investigações tiveram início em 1982, coincidindo com os últimos anos do regime
militar no Brasil. Com isso, ele encontrou o primeiro obstáculo: a censura.
Morais se surpreendeu também com a escassez de material sobre Olga no país.
Movido pela inquietação, característica básica de um bom jornalista, partiu em
busca do “tesouro”, que viria a ser descoberto na República Democrática Alemã
(RDA).
O
esforço lhe rendeu entrevistas e documentos preciosos, que seriam acrescidos às
informações inéditas fornecidas por Luís Carlos Prestes. O autor aponta que
durante a apuração esteve muitas vezes no lugar certo, na hora certa. Destaca a
importância que a “sorte” tem na vida do repórter, sendo complementar ao
trabalho deste, pois foi assim que ele conseguiu alguns depoimentos para a
construção do livro.
O
autor coletou dados em Berlim, Milão e Washington e teve acesso a fotografias
inéditas em Buenos Aires. Porém, chegou um momento em que a falta de tempo e de
dinheiro o obrigaram a recorrer ao telefone e ao correio para dar continuidade
às pesquisas. Ele contou ainda com documentos enviados por anônimos militantes
comunistas, que se dispuseram a ajudar quando souberam do seu trabalho.
As
histórias que o pai de Morais lhe contava durante a adolescência sobre Filinto
Müller, chefe da polícia política de Vargas, ficaram gravadas em sua memória e o
motivaram a escrever o livro. Ele garante que os fatos ocorreram exatamente
como foram descritos na obra, uma vez que não se trata da sua versão dos
episódios, mas da versão que ele acredita ser a real.
Já disse que gosto da sua forma de escrever? :) Espectacular
ResponderExcluirBeijos
thatstory1.blogspot.com
Olá!
ExcluirObrigado. Fico feliz por isso.
Beijos!
Ygo meu amigo obrigado pelo seu apreço, vou ler o livro do Fernando Morais, gostei de sua resenha, fatos, histórias de vidas que não aprendemos nos bancos das escolas. forte abraço sucesso em seus estudos, bons dias!
ResponderExcluirOlá, Aguiar.
ExcluirQue bom que você gostou. Leia mesmo, é um livro ótimo.
Abraço!