Título: Grey
Autor(a): E. L. James
Ano de lançamento: 2015
Editora: Intrínseca
Nº de páginas: 480
# A história
Cinquenta tons de cinza pelos olhos de Christian. Agora é a vez dele de contar
sua versão sobre a intensa relação com Anastasia Steele.
Grey é um homem
controlador, profissional bem-sucedido, milionário e organizado. No entanto,
carrega consigo um vazio desde a infância, que só é preenchido quando a
recatada senhorita Steele cai, literalmente, na vida dele. O encontro não foi
programado. Aliás, nem era Ana quem deveria ter surgido naquele escritório para
entrevistá-lo.
Ah, mas o destino,
sempre o danado do destino... Foi ele quem se encarregou de colocá-los cara a
cara. Foi a partir dali que os caminhos de Ana e Grey se cruzaram e nunca mais
as coisas foram as mesmas.
O sentimento que
aquela jovem tímida desperta em Grey acaba o deixando mais perturbado. Ela
parece enxergar um lado dele que nenhuma outra mulher jamais conseguiu. Então,
o Senhor Cinquenta Tons, de coração frio e com preferências nada convencionais,
se vê em uma situação na qual precisa lidar com sua compulsão por controle,
curar antigas feridas e ainda se adequar ao perfil de Ana, se não quiser perdê-la.
# Opinião
A proposta desse
livro é basicamente apresentar uma mesma história, a partir de outra
perspectiva. O que me intrigou de verdade foi a falta de elementos que
representassem um diferencial significativo entre as obras.
A impressão é de
ter visto a mesma imagem: antes, na horizontal; agora, na vertical. Só isso. Achei
pouco criativo. Uma jogada esperta, eu reconheço, com um objetivo simples:
publicar um livro para lucrar em cima de uma trilogia já consolidada.
Em Cinquenta tons de cinza (resenha aqui),
fiquei incomodado com o jeito bobo de Ana conversar com a sua “deusa interior”.
Agora foi Christian quem encheu o saco com essa mania de falar com a voz da
consciência, o que acabou descaracterizando o personagem, como se ele fosse só
uma versão masculina de Ana.
Outro ponto que
não me agradou ao conhecer esse “novo Christian” foi o fato de que os defeitos
dele ficaram muito mais evidentes. Grey é um homem extremamente arrogante, em
alguns momentos trata a Ana como um lixo e o jeito possessivo dele irrita.
O leitor pode
conhecer um pouco mais sobre a infância do protagonista através de trechos em
que o mesmo tem pesadelos. Foi um artifício usado pela autora para explicar os
traumas que fizeram Grey virar aquele homem perturbado e controlador. Porém,
isso não me sensibilizou, uma vez que eu já tinha alimentado uma grande
rejeição por ele.
Os diálogos
continuaram fracos. Alguns, na verdade, foram reaproveitados. As ações de
Christian longe de Ana foram pouco exploradas, de modo que os acontecimentos,
em sua maioria, já são velhos conhecidos do leitor do primeiro livro da
trilogia Cinquenta tons.
Por fim, a parte
mais cansativa e inútil da obra: o contrato do dominador e da possível submissa.
Quase desisti do livro quando vi que colocaram aquela chatice de novo, na íntegra.
Na minha opinião, bastaria ele ter sido citado.
É isso, pessoal.
Para quem quiser mergulhar nessa leitura, a dica é não esperar inovações. Até a
próxima!
# Extra
Leitura
recomendada para maiores de 18 anos.
Bom eu fui uma pessoa que não sentiu a mínima vontade de se render a 50 tons quando estava todo o burburinho ao seu redor, não é um livro que me chama atenção e pelas opiniões que já vi eu não estou perdendo nada mesmo.
ResponderExcluirMuito bacana a forma como você expressa e organiza sua opinião, gostei mesmo.
Estou seguindo e curtindo bastante o blog.
Beijos.
Criei, recentemente, um blog para falar sobre filmes, séries, cultura e artes no geral. Se você puder dar uma conferida eu ficarei muito grata: http://cineleva.blogspot.com.br/ :)
Olá, Wilma.
ExcluirEu não curti a trilogia, mas dei uma nova chance a autora. Acho válido conhecer um pouquinho de tudo. Vou dar uma olhada no seu blog. Fico feliz que tenha gostado. Volte sempre!
Olá!
ResponderExcluirEu ainda nem assisti ao filme. Quanto ao livro "Grey", esperava mais.
Obrigado pela participação. Volte sempre.
Abraço!