Olá, mergulhadores!
Esporte em Camarões. Qual é a primeira coisa que vem à mente de vocês? Quem é mais ou menos antenado ao mundo esportivo talvez tenha pensado no jogador de futebol Samuel Eto'o, ídolo nascido no país africano. No entanto, hoje estou aqui para falar sobre a seleção camaronesa de voleibol feminino, que é bem menos popular e que não tem tradição em grandes competições internacionais.
Esporte em Camarões. Qual é a primeira coisa que vem à mente de vocês? Quem é mais ou menos antenado ao mundo esportivo talvez tenha pensado no jogador de futebol Samuel Eto'o, ídolo nascido no país africano. No entanto, hoje estou aqui para falar sobre a seleção camaronesa de voleibol feminino, que é bem menos popular e que não tem tradição em grandes competições internacionais.
Estão achando o post muito aleatório? É, pode ser. Cá
estou, assim mesmo, porque fiquei pensando nesta publicação desde que assisti a um
jogo da equipe de Camarões nos jogos olímpicos Rio 2016. Motivo? O brilho que o
time demonstrou em quadra, mesmo com várias limitações técnicas; a vontade de
vencer; o nítido orgulho de representar seu país pela primeira vez numa olimpíada; e até o estilo
das jogadoras também (por que não?). Consegui enxergar tudo isso assistindo
somente a uma partida delas.
Foto: Divulgação/Federação Camaronesa de Vôlei |
A foto acima
mostra a dura realidade do campeonato local em Camarões. O país só
tem uma quadra poliesportiva para a prática do vôlei, que fica na capital
Iaundé. Então, muitas vezes, os jogos são realizados a céu aberto, em locais
improvisados.
A seleção camaronesa é quase
amadora. Das 12 atletas convocadas para as olimpíadas do Rio, apenas cinco são
profissionais. Apesar de toda essa carência, o time veio representar seu país
após conquistar uma vaga no Pré-Olímpico africano, batendo a seleção do Egito
na final. Por aqui, elas não tiveram vida fácil. Enfrentaram o Brasil logo na
estreia, perdendo de 3 sets a 0,
mesmo placar do Mundial 2014, quando as duas equipes também se enfrentaram na
primeira fase.
Camarões foi o
saco de pancadas do torneio feminino de vôlei na Rio 2016. Caiu no grupo A, que tinha Brasil, Rússia, Japão, Coréia
do Sul e Argentina. Foram cinco confrontos e cinco derrotas. Estreante em
olimpíadas, o time conquistou somente um ponto na fase classificatória. Só não passou “em branco” porque perdeu um dos jogos por 3 sets a 2, garantindo esse pontinho de honra (com esse placar,
o vencedor leva dois pontos, enquanto o perdedor leva um).
Foto: Divulgação/FIVB |
Foi justamente a
partida que eu acompanhei do início ao fim. Um dia histórico para Camarões e para a Argentina, outra estreante em jogos olímpicos. Ambas já tinham perdido três
jogos cada uma, sem ganharem nenhum set. Como diziam os comentaristas da partida
durante a transmissão: a história estava sendo escrita naquele momento.
A equipe
sul-americana, um pouco mais experiente, conseguiu vencer a partida no tie-break. Devo confessar que torci
desde o primeiro até o último ponto pelo time africano. As atletas empolgaram o
público no Maracanãzinho ao mostrarem muita disposição e alegria dentro de quadra.
Algo que chamou a atenção no torneio foi a forma como elas comemoravam os pontos de bloqueio (foto abaixo). O gesto foi inspirado na seleção masculina, que costumava fazer
isso. As meninas gostaram e decidiram adotar nas partidas. Movimento igual ao
do mito do atletismo, o jamaicano Usain Bolt.
Foto: Reuters |
Então é isso.
Resolvi fazer este post porque gostei
muito da maneira como a seleção camaronesa de vôlei feminino se apresentou nas
olimpíadas do Rio. Foi um exemplo de superação, garra, determinação,
força de vontade, simpatia… Mostraram que o mais importante não é a medalha
de ouro. Aplausos!
Sou um pouco desatenta, mas como você mesmo disse, o sabor da conquista e o aroma da vitória são os aplausos. Abraços poéticos e um bom dia Ygo!
ResponderExcluirÉ isso mesmo, Dalva. O mais bonito de tudo é o espírito olímpico. Vale mais do que qualquer medalha. Abraços poéticos².
ExcluirOlá, Ygo. Tudo bem?
ResponderExcluirNão acompanhei muito essa olimpíada por diversos motivos, falta de tempo, não tenho tv aqui em casa e outros milhares de aspectos. Mas pela primeira vez eu me arrependi de não ter uma TV em casa, achei esse evento, de uma maneira geral, muito representativo em relação ao mundo. Existiram muitas coisas lindas, o que achei interessante foi sua atenção ter se voltado justamente para as meninas da Seleção de Camarões, ainda não tinha lido nada a respeito. Enfim, gostei de ver sob um panorama mais amplo a situação delas e a forma linda como comemoraram a vitória, mais uma vez estou completamente emocionada e saio desse post com um pouco mais de esperança no coração. Obrigada por isso <3.
Beijos.
Nasci Gabriela - www.nascigabriela.com.br
Olá, Inês.
ExcluirSim, tudo bem. Pois é, elas transmitiram uma linda mensagem nesses jogos, mesmo perdendo todas as partidas.
Beijos!