Título: Sobreviventes do Caos
Autor(a): Bianca Gulim
Ano de lançamento: 2016
Editora: (independente)
Nº de páginas: 457
# A história
Sobreviventes do Caos é o primeiro volume da trilogia 2323.
O ano é 2222. Um vírus letal varreu
a Terra. Após a contração da doença, as pessoas morriam em 72h. Os Estados
Unidos desenvolveram uma medicação que controlava os sintomas, mas como a
matéria-prima era escassa, o governo decidiu que somente os americanos teriam
acesso ao medicamento. A partir disso, os outros países se rebelaram e
invadiram os Estados Unidos em busca da salvação. Estava instalado o caos. Um
ano depois, tudo estava destruído.
Damos um salto para o ano de 2323.
Agora, a humanidade tenta se reestruturar. Celine cresceu nesse ambiente e,
depois de perder os pais, passou a liderar os guerreiros do seu povo. Ela então
descobre que os seres humanos são imprevisíveis quando se trata de lutar pela
sobrevivência. Em meio a esse caos, a jovem ainda terá que lidar com seus
sentimentos à flor da pele, transitando entre o amor e o ódio.
# Opinião
Em seu livro de estreia, Bianca
Gulim trilhou um caminho que não é mais novidade no mundo literário, mas que eu
particularmente adoro: apostou em uma protagonista mulher, forte, determinada e
corajosa, dentre outras virtudes. Celine é a heroína e a condutora da história.
Aliás, o fato de ser narrada em primeira pessoa torna a obra ainda mais dela. Sim,
amigos, ela é a dona do jogo!
Líder de seu povo, a guerreira
tinha tudo para cair na caricatura. Celine poderia, de fato, existir na vida
real? Eu me fiz essa pergunta no decorrer do livro e cheguei à conclusão de que
o perfil dela foi desenhado bem próximo da realidade. Ela se despiu da armadura
de “mulher de ferro” em alguns momentos do livro, deixando à mostra suas
inseguranças e medos. Acontece que, por já ter sofrido muito, ela considera o
ataque a sua melhor defesa, então, suas atitudes são compreensíveis.
Sendo assim, quem poderia desarmá-la? A
resposta é clichê: um grande amor. Desde o começo, eu já senti que havia uma
grande tensão entre Celine e Max, que certamente iria se desenvolver nos
capítulos seguintes. E assim foi. A autora foi mesclando cenas de lutas e
embates, que perpassaram boa parte do livro, com algumas partes bem quentes
envolvendo o casal citado, sem ser apelativa e vulgar.
Bianca tem uma escrita muito
correta e agradável. Ela utiliza uma linguagem simples e não faz a menor
cerimônia quanto ao uso de palavrões nas falas dos personagens. De um modo
geral, a leitura foi prazerosa. O finalzinho do livro deixou um gancho para a
continuação da trilogia, além de ter sido uma grande surpresa.
Como ponto negativo, eu destaco o
motivo dos conflitos entre os grupos rivais, que foi se perdendo no meio da
história. Senti falta de uma razão mais consistente para tantas lutas. Eu
esperava que houvesse alguma relação com o vírus letal citado no prólogo, mas
este acabou servindo apenas para contextualizar a trama. Agora, resta saber
como a história vai se desenvolver no segundo livro. Estou confiante.
Oie Ygo!
ResponderExcluirAh, muito bom ler a sua resenha, adorei!
Fico feliz por vc ter gostado do livro. Quanto ao motivo das batalhas, ele será mais abordado na sequência. O final surpreendente tem relação direta com ele.
Um beijo
Olá, Bianca.
ExcluirAdorei. Vou ficar aguardando a sequência.
Beijão!