terça-feira, 4 de abril de 2017

#Resenha: "Sobreviventes do Caos"

Título: Sobreviventes do Caos 

Autor(a): Bianca Gulim

Ano de lançamento: 2016

Editora: (independente)

Nº de páginas: 457

*e-book enviado pela autora.


# A história

Sobreviventes do Caos é o primeiro volume da trilogia 2323.

O ano é 2222. Um vírus letal varreu a Terra. Após a contração da doença, as pessoas morriam em 72h. Os Estados Unidos desenvolveram uma medicação que controlava os sintomas, mas como a matéria-prima era escassa, o governo decidiu que somente os americanos teriam acesso ao medicamento. A partir disso, os outros países se rebelaram e invadiram os Estados Unidos em busca da salvação. Estava instalado o caos. Um ano depois, tudo estava destruído.

Damos um salto para o ano de 2323. Agora, a humanidade tenta se reestruturar. Celine cresceu nesse ambiente e, depois de perder os pais, passou a liderar os guerreiros do seu povo. Ela então descobre que os seres humanos são imprevisíveis quando se trata de lutar pela sobrevivência. Em meio a esse caos, a jovem ainda terá que lidar com seus sentimentos à flor da pele, transitando entre o amor e o ódio.

# Opinião

Em seu livro de estreia, Bianca Gulim trilhou um caminho que não é mais novidade no mundo literário, mas que eu particularmente adoro: apostou em uma protagonista mulher, forte, determinada e corajosa, dentre outras virtudes. Celine é a heroína e a condutora da história. Aliás, o fato de ser narrada em primeira pessoa torna a obra ainda mais dela. Sim, amigos, ela é a dona do jogo!

Líder de seu povo, a guerreira tinha tudo para cair na caricatura. Celine poderia, de fato, existir na vida real? Eu me fiz essa pergunta no decorrer do livro e cheguei à conclusão de que o perfil dela foi desenhado bem próximo da realidade. Ela se despiu da armadura de “mulher de ferro” em alguns momentos do livro, deixando à mostra suas inseguranças e medos. Acontece que, por já ter sofrido muito, ela considera o ataque a sua melhor defesa, então, suas atitudes são compreensíveis.

Sendo assim, quem poderia desarmá-la? A resposta é clichê: um grande amor. Desde o começo, eu já senti que havia uma grande tensão entre Celine e Max, que certamente iria se desenvolver nos capítulos seguintes. E assim foi. A autora foi mesclando cenas de lutas e embates, que perpassaram boa parte do livro, com algumas partes bem quentes envolvendo o casal citado, sem ser apelativa e vulgar.

Bianca tem uma escrita muito correta e agradável. Ela utiliza uma linguagem simples e não faz a menor cerimônia quanto ao uso de palavrões nas falas dos personagens. De um modo geral, a leitura foi prazerosa. O finalzinho do livro deixou um gancho para a continuação da trilogia, além de ter sido uma grande surpresa.

Como ponto negativo, eu destaco o motivo dos conflitos entre os grupos rivais, que foi se perdendo no meio da história. Senti falta de uma razão mais consistente para tantas lutas. Eu esperava que houvesse alguma relação com o vírus letal citado no prólogo, mas este acabou servindo apenas para contextualizar a trama. Agora, resta saber como a história vai se desenvolver no segundo livro. Estou confiante.

2 comentários:

  1. Oie Ygo!
    Ah, muito bom ler a sua resenha, adorei!
    Fico feliz por vc ter gostado do livro. Quanto ao motivo das batalhas, ele será mais abordado na sequência. O final surpreendente tem relação direta com ele.
    Um beijo

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    Respostas
    1. Olá, Bianca.
      Adorei. Vou ficar aguardando a sequência.
      Beijão!

      Excluir

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