Título: A menina que semeava
Autor: Lou Aronica
Ano de lançamento: 2013
Editora: Novo Conceito
Nº de páginas: 416
# A história
O botânico Chris
Astor descobriu que a filha Becky, de apenas 5 anos, tem câncer. Para vê-la
feliz, mesmo com todas as dificuldades acarretadas pela doença, ele tem a ideia
de criar um mundo paralelo chamado Tamarisk,
cheio de fantasias, personagens exóticos, cheiros e cores deslumbrantes. Por
incrível que pareça, isso ajuda Becky a se recuperar, e a pequena volta a levar
uma vida normal.
Anos depois,
Chris se divorcia da esposa, Polly, e sai de casa. Becky, agora com 14 anos,
acaba se distanciando do pai, e as histórias sobre o mundo que eles inventaram
ficam esquecidas. Mas chega um dia em que a doença de Becky volta com força,
ao mesmo tempo em que Tamarisk
enfrenta uma batalha contra uma praga que está destruindo a colheita.
Pai e filha voltam
a contar histórias sobre aquele lugar mágico, na esperança de que isso ajude novamente na recuperação de Becky e de liquidar a praga que
assolava Tamarisk.
# Opinião
Imagine que você
tem uma filha doente. O que você faria para lhe arrancar um sorriso e ver os
olhos dela brilharem de felicidade? O que o Chris faz nesse livro de Lou
Aronica é digno de aplausos. A atitude dele me lembrou muito aquelas pessoas
que se dispõem a levar alegria a pacientes nos hospitais. Vários estudos já comprovaram que essas ações costumam ajudar na recuperação
dos doentes.
O diferencial de
A menina que semeava é que o pai não
apenas “contou” histórias para a filha. Ele estimulou a criatividade dela.
Assim, os dois criaram juntos um mundo mágico. Obviamente que, sendo uma trama
de ficção, há todo um romantismo e uma fantasia envolvendo aquilo. A questão é
que o livro mostra até onde um pai pode ir para ajudar um filho. A iniciativa
de Chris tem um impacto enorme no tratamento de Becky, mas, sobretudo, na
relação de pai e filha.
Esse livro traz
uma mensagem comovente sobre esperança e escolhas. A partir de um enredo
dramático e fantasioso, a história criada por Lou Aronica consegue sacudir o
leitor e provocar questionamentos. Por que não incorporar o espírito tamariskiano e passar a ver o “lado azul”
das coisas, não é mesmo?
Minha única
crítica negativa vai para a revisão da obra. Esse foi um dos livros em que eu
encontrei mais erros, o que me incomodou bastante. Fora isso, o mergulho foi maravilhoso. Até a próxima!
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