Título: Um gato entre os pombos
Autor(a): Agatha Christie
Ano de lançamento: 1959
Editora: Círculo do Livro
Nº de páginas: 223
# A
história
Para
Agatha Christie, não existe lugar ruim para desenvolver uma boa
trama de suspense. Desta vez, o lugar escolhido foi uma tradicional
escola para meninas, chamada Meadowbank.
A
história começa no Oriente Médio, na distante Ramat. O príncipe
Ali Yusuf, prevendo um golpe de seus inimigos, queria deixar suas
joias a salvo, enviando-as para a Inglaterra através de seu amigo e
piloto particular, Bob Rawlinson. O que o príncipe e seu fiel
empregado não poderiam prever era o desastre aéreo que acabaria com
suas vidas. Para apimentar o caso, as joias de Ali não foram
encontradas em meio aos destroços do avião.
Cerca
de dois meses depois, aqueles acontecimentos ainda movimentariam o
início das aulas em Meadowbank. Três assassinatos e um rapto mexem
com os ânimos de alunas e professoras. O detetive Hercule Poirot
entra em cena para tranquilizá-las, ao mesmo tempo em que investiga
o caso e usa o cérebro para descobrir quem é o gato entre os
pombos.
#
Opinião
O
mais interessante nesse mergulho foi que eu peguei o livro sem saber
nada do enredo. A edição que eu tenho é daquelas de capa dura, sem
orelhas, sem sinopse. Nada. Como ele estava encostado há mais de um
ano na minha estante, já tinha esquecido o mote da história. Assim,
quebrei meu ritual de leitura, que consiste em ler TUDO antes de
realmente abrir o livro e passar as páginas.
Roubo
de joias é algo comum nos romances policiais, inclusive, nos de
Agatha Christie. Pensava que a trama iria por um caminho
completamente diferente, quando fui surpreendido com um colégio de
moças. É ali que a “magia” acontece de verdade.
Essas
duas histórias parecem ser muito distantes, mas com o passar das
páginas elas vão se cruzando e tudo começa a fazer sentido. Quase
no final é que o detetive Hercule Poirot aparece. Eu estava
começando a estranhar a ausência dele (ou da Miss Marple) no livro.
Se não fosse o estilo próprio da autora, teria desconfiado de que
não era uma obra dela.
No
começo, há uma pista bastante clara do que aconteceria com as joias
do príncipe Ali Yusuf. Eu, obviamente, me agarrei nisso. Os fatos
ocorreram como eu imaginava, no entanto, o verdadeiro criminoso ainda
foi uma surpresa para mim.
Agatha
tem livros melhores, mas a leitura foi positiva. Só não gostei do
fato de Poirot ter demorado a aparecer e, quando finalmente deu as
caras, resolveu tudo com um piscar de olhos. Apesar de toda a
inteligência do detetive belga, sua participação nesse livro foi
forçada.
O
inspetor Kelsey, que estava à frente da investigação durante boa
parte da trama, teria resolvido o caso mais cedo ou mais tarde. A
impressão que eu tive foi de que a autora só incluiu Poirot para
dar um charme. Funcionou como uma cereja em cima de um bolo que já
estava bem confeitado.
Gostei da resenha Ygo. Não conhecia esse livro da Agatha Christie e apesar de suas ressalvas a respeito, achei o mote atrativo. Abraço!
ResponderExcluirwww.newsnessa.com
Olá, Vanessa.
ExcluirCertamente, a premissa do livro é bem interessante. Vale a pena conferir. Bjs!