domingo, 10 de setembro de 2017

#Resenha: "Punição para a inocência"


Título: Punição para a inocência

Autor(a): Agatha Christie

Ano de lançamento: 2009*

Editora: L&PM Pocket

Nº de páginas: 272


# A história

A família Argyle passou por uma tragédia: Jacko Argyle, o filho mais problemático, matou a mãe em um momento de loucura. Meses após ser preso, julgado e condenado pelo crime, ele morre na prisão por causa de uma pneumonia.

Algum tempo depois, a família volta a ter uma vida normal. O caso já estava resolvido, mas surge um novo elemento que coloca todos sob suspeita. Os indícios mostravam que nem tudo aconteceu como foi dito nos depoimentos dos familiares sobre aquela noite trágica.

# Opinião

Nem Miss Marple, nem Hercule Poirot. Nesse livro, os encarregados pelas investigações são o Dr. Calgary e o inspetor Huish. Talvez o meu apego aos dois personagens tradicionais citados no início deste parágrafo tenha dificultado a minha identificação com os novos investigadores, que me soaram um tanto “verdes” e pouco carismáticos.

Os elementos típicos dos romances policiais de Agatha Christie estão todos presentes. A autora é expert em criar conflitos familiares instigantes. Nesse livro, a chave do mistério é descobrir o que a família Argyle tanto quer esconder debaixo do tapete.

A astúcia do detetive Hercule Poirot fez muita falta. O belga saberia penetrar mais profundamente no seio daquela família tão fechada e esquisita. Assim, teríamos mais “intimidade” com os personagens e, consequentemente, mais pistas para chegar à resolução do caso.

Depois da segunda metade, o livro ganha um ritmo considerável. Novos crimes movimentam a história e as máscaras começam a cair. No geral, a leitura foi morna, mas valeu o tempo investido. 

*Publicado originalmente em 1958.

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