Título: Limão Rosa
Autor(a): Flora Figueiredo
Editora: Novo Século
Ano: 2009
Nº de páginas: 72
“Se houver receita que atenue o machucado,
quem
sabe um dia ainda se veja restaurado
este
pobre coração de esparadrapo”. (Curativo)
Cada poeta – e demais escritores,
em geral – desenvolve um estilo próprio. Ele transforma sentimentos em
palavras (na medida do possível). O fato é que cada um se expressa
de um jeito único. E o jeitinho Flora
Figueiredo de fazer poesia me fascinou.
Já li poesias de todos os tipos,
creio eu. Das mais sofridas e melancólicas às mais alegres e extravagantes. Em
Limão Rosa, pude perceber uma poetisa
que usa as rimas como brinquedos, jogando-as no papel, natural e profundamente,
conseguindo ser objetiva ao transmiti-las, sem rodeios. Frases curtas, porém vivas e, muitas vezes, desconcertantes.
“Quero
também a bula detalhada
para
não usar a sensação de forma errada,
caso
isso seja um novo amor, mais uma vez”. (Corpo estranho)
Várias poesias não passam de
versinhos de três ou quatro linhas. É pouco? Ora, poesia é isso! Sua grandeza não está no tamanho da estrofe,
mas no olhar de quem a escreve. Com
relação a isso, Flora foi bastante feliz. Ela observou o mundo ao seu redor, captou
o que havia de mais belo, transformou em arte e compartilhou.
A leitura foi extremamente rápida.
Se o livro tivesse 400 páginas, eu também teria lido tudo de uma só vez. Se você gosta de poesia, vá fundo! Anote a dica.
“O
que não ousei, diluiu-se na água estagnada.
O
que não protestei, anulou-se na bandeira abandonada.
O
que não amei, desfez-se sem adeus, não deixou nada”. (Lacunas)
Oi, Monyque.
ResponderExcluirRecomendo a leitura. Beijos!