domingo, 15 de dezembro de 2013

[Mergulhei Fundo] - Elite da Tropa


Título: Elite da Tropa
Autor(es): Luiz Eduardo Soares; André Batista; Rodrigo Pimentel
Editora: Objetiva
Ano: 2006
Nº de páginas: 315

“Porrada em vagabundo, execução de marginal, esse departamento é com a gente mesmo”. (p.25)

O livro é dividido em duas partes. A primeira, chamada de “Diário da Guerra”, contém relatos do cotidiano dos policiais.

Foto: Ygo Maia






























“Fuzilamos a casa, dispostos a derrubá-la. Foram uns quatrocentos tiros. Ficou de pé, vazada feito paliteiro”. (p.29)

Conhecemos um pouco do mundo do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE, de forma bastante direta, graças à narrativa do livro. Por tratar-se de um “diário”, o leitor se depara com uma realidade crua, sem filtro. Aliás, os fatos são praticamente vomitados pelo narrador.

“Se você está esperando um depoimento bem educadinho, pode esquecer. Melhor fechar o livro agora mesmo. Desculpe, mas me irrito com as pessoas que querem ao mesmo tempo a verdade e um discurso de cavalheiro”. (p.21)

Eu senti essa vontade de fechar o livro em vários momentos, não pela linguagem desbocada, e sim pelos casos horrendos que são narrados. Algumas atitudes tomadas pelos policiais me deixaram abismado durante a leitura. Entretanto, também tiveram momentos em que senti admiração pelo trabalho do BOPE. É inspiradora a dedicação desses profissionais.

Foto: Ygo Maia

No início da segunda parte, os autores tiveram a preocupação de nos apresentar uma lista com os nomes dos personagens e uma breve descrição sobre eles. Em seguida, a história começa de verdade. Adentramos em um mundo sombrio, que envolve drogas, política, favelas, corrupção, família, entre outras coisas.

“A gente sabe que o BOPE é violento, tem um treinamento duro para operações de guerra, não poupa ninguém, trata as favelas como territórios inimigos e as comunidades como populações inimigas. Em compensação, não corrompe, nem se deixa corromper”. (p.280)

Gostei da narrativa do livro. É tudo muito ágil. Mas encontrei dois problemas durante a leitura: primeiro, o fato de não haver uma divisão de capítulos na segunda metade da história. As únicas informações para situar o leitor são o nome dos lugares (em caixa alta) e os horários de um acontecimento para outro.

Também me incomodou a grande quantidade de personagens. Mesmo com a lista disponibilizada pelos autores, foi difícil de gravar os nomes e depois lembrar quem era policial, quem era traficante, quem era político do bem ou do mal. Fiquei confuso, porém, no geral, foi uma boa leitura.

3 comentários:

  1. Olá Ygo, a quanto tempo não visito seu blog. Gostei da resenha, deve ser um pouco forte dar de cara assim com a realidade crua, esses "casos horrendos" são difíceis de "engolir", mas me pareceu ser um ótimo livro, quanto ao filme, já assisti, um clássico do cinema nacional, não?

    Beijos
    http://misteriodaspaginas.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Olá, Jaqueline. É verdade, fazia tempo que você não aparecia.
      Bom, você acredita que eu ainda não assisti a esse filme?
      Obrigado pela participação. Bem-vinda, de novo.
      :)
      Beijos!

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    2. Oi , tudo bem?
      Estou passando pra avisar que o Portal Teia agora tem um agregador de links, isso mesmo, mais uma ferramenta para você divulgar seu blog, faça uma visita e comece a enviar seus links, como eu já sei da qualidade do seu blog sua vaga está garantida, aguardo você lá.
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