domingo, 13 de julho de 2014

#ESPECIAL: Olga - Parte 1

Olá, mergulhadores!

Resolvi fazer uma série especial sobre o livro Olga, de Fernando Morais. Hoje nós temos a primeira parte. Espero que vocês apreciem o mergulho. Vamos lá?


Olga. Essas quatro letras trazem consigo a força de uma judia comunista alemã, entregue a Hitler pelo governo Vargas. Em 1985, o jornalista Fernando Morais deixou a sua marca na literatura brasileira ao retratar com sensibilidade e competência a trajetória da mulher que lutou “pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo”.

Fruto de um árduo trabalho de pesquisa, o livro vai além da biografia de Olga Benario Prestes. Em sua composição, é possível visualizarmos o período em que os fatos ocorreram, graças à união entre texto e contexto, tão bem explorada por Morais. O resultado é o que o leitor pode considerar uma aula de História Geral e do Brasil.

As investigações tiveram início em 1982, coincidindo com os últimos anos do regime militar no Brasil. Com isso, ele encontrou o primeiro obstáculo: a censura. Morais se surpreendeu também com a escassez de material sobre Olga no país. Movido pela inquietação, característica básica de um bom jornalista, partiu em busca do “tesouro”, que viria a ser descoberto na República Democrática Alemã (RDA).

O esforço lhe rendeu entrevistas e documentos preciosos, que seriam acrescidos às informações inéditas fornecidas por Luís Carlos Prestes. O autor aponta que durante a apuração esteve muitas vezes no lugar certo, na hora certa. Destaca a importância que a “sorte” tem na vida do repórter, sendo complementar ao trabalho deste, pois foi assim que ele conseguiu alguns depoimentos para a construção do livro.

O autor coletou dados em Berlim, Milão e Washington e teve acesso a fotografias inéditas em Buenos Aires. Porém, chegou um momento em que a falta de tempo e de dinheiro o obrigaram a recorrer ao telefone e ao correio para dar continuidade às pesquisas. Ele contou ainda com documentos enviados por anônimos militantes comunistas, que se dispuseram a ajudar quando souberam do seu trabalho.

As histórias que o pai de Morais lhe contava durante a adolescência sobre Filinto Müller, chefe da polícia política de Vargas, ficaram gravadas em sua memória e o motivaram a escrever o livro. Ele garante que os fatos ocorreram exatamente como foram descritos na obra, uma vez que não se trata da sua versão dos episódios, mas da versão que ele acredita ser a real. 

4 comentários:

  1. Já disse que gosto da sua forma de escrever? :) Espectacular

    Beijos
    thatstory1.blogspot.com

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  2. Ygo meu amigo obrigado pelo seu apreço, vou ler o livro do Fernando Morais, gostei de sua resenha, fatos, histórias de vidas que não aprendemos nos bancos das escolas. forte abraço sucesso em seus estudos, bons dias!

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    Respostas
    1. Olá, Aguiar.
      Que bom que você gostou. Leia mesmo, é um livro ótimo.
      Abraço!

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