Título:
A garota que eu quero
Autor:
Markus Zusak
Ano
de lançamento: 2013
Editora:
Intrínseca
Nº
de páginas: 176
# A história
Alguma vez o
sentimento de derrota tomou conta de você? Pois é. Cameron é dominado por tal sentimento
em boa parte deste livro que encerra a trilogia Irmãos Wolfe.
Diferentemente
de Steve, seu irmão mais velho que tem talento para jogar futebol, e de Ruben,
seu irmão bom de briga que faz sucesso com as garotas, Cameron não possui –
pelo menos é o que ele acha – uma qualidade que o destaque dos demais. O pai
dele voltou a trabalhar como encanador depois de um tempo desempregado, a mãe
continua trabalhando muito e cozinhando mal e Sarah, sua outra irmã, parece ter
finalmente sossegado e não chega mais embriagada em casa.
Uma garota
chamada Octavia era a mais nova conquista de Ruben e, assim como as outras, não
durou muito. Enquanto isso, Cameron esperava pela garota certa. Ele ia todos os
dias à casa de Stephanie, observava de longe, mas ela nunca aparecia. Talvez
nem soubesse da presença dele ali. Quando Octavia vai ao local e critica o seu
comportamento, Cameron percebe que desperdiçou seu tempo correndo atrás de
Stephanhie e passa a olhar a ex-namorada de seu irmão de um jeito diferente.
# Opinião
Eu vou começar
dizendo que a obra superou minhas expectativas. Antes mesmo de saber que o
livro fazia parte de uma trilogia, cheguei a subestimá-lo. Achei que não valeria
a pena. Pensava que ele era apenas mais um romance clichê destinado ao público
jovem. Meu preconceito cresceu pelo fato de ser um autor reconhecido por um
livro de grande sucesso: A Menina Que
Roubava Livros. O receio que eu tinha era por pensar que o talento de Zusak
era puro marketing. Mas, ele me
provou o contrário.
Notei que a
escrita do autor evoluiu bastante neste último livro, se comparado ao primeiro.
A trilogia Irmãos Wolfe poderia ser resumida
da seguinte forma: no primeiro livro, O
Azarão, vem à tona as dificuldades da adolescência e o foco está na busca
da identidade; no segundo livro, Bom de
Briga, a trama ganha um toque de ação e os personagens começam a tomar um
rumo na vida; já em A garota que eu quero,
o romance ganha espaço e as relações familiares se fortalecem.
Nos dois
primeiros livros, o riso saiu com mais facilidade. Isso não significa que o
terceiro livro tenha perdido o humor. Acontece que Zusak optou por fisgar o
leitor através da emoção neste último livro. Cameron é tomado por uma forte
crise existencial. Apesar de haver sempre uma ironia na fala do personagem, percebemos
que ele guarda muitas angústias dentro dele e o autor mostrou isso de forma
tocante.
Como de costume,
os capítulos terminam com um diferencial. Cameron solta a imaginação e joga no
papel uma série de reflexões que, para mim, foram o ponto alto da história.
Acho que eu compraria um livro só com os pensamentos dele. Gostei também do
modo como ele trata a Octavia, sempre com muito respeito. Desde o primeiro
livro, ele já demonstrava que tinha um grande coração.
Agora falando a
respeito da capa do livro, acho que ela não transmite o universo da história. As
capas dos livros anteriores não são magníficas, mas seria interessante se
tivessem mantido o estilo em toda a trilogia. A mudança é compreensível, uma
vez que os dois primeiros livros foram publicados por outra editora, a Bertrand
Brasil.
# Extra
Vocês podem
conferir também as resenhas de O Azarão
(aqui) e de Bom de Briga (aqui).
Adorei a trilogia e pretendo ler outras obras de Markus Zusak. Recomendo!
Parece ser uma boa história :)
ResponderExcluirBeijos
thatstory1.blogspot.com
É muito boa. Recomendo!
ExcluirBeijos!