domingo, 7 de dezembro de 2014

#Resenha: "O Mistério da Casa na Praia"


Título: O Mistério da Casa na Praia

Autor(a): Nádia São Paulo

Ano de lançamento: 2011

Editora: Novo Século

Nº de páginas: 222



# A história

Elizabete, dona de casa sensível e com um lado artístico; Eduardo, engenheiro civil competente e respeitado; e Ana Julia, a filha adolescente do casal, estavam acostumados com uma vida “nômade”. Como Eduardo vivia sendo transferido de uma cidade para outra, por conta do trabalho, a família nunca se fixava em um lugar por muito tempo.

Em mais uma entre tantas mudanças, eles chegaram a Guarapari, um belo balneário situado no estado do Espírito Santo. Os três estavam empolgados com o novo lar. Quem seriam seus novos amigos? O que o futuro lhes reservava? Quanto tempo eles passariam ali até se mudarem mais uma vez? Essas eram perguntas frequentes na ocasião.

O encanto começou a se quebrar no dia em que Elizabete viu uma menina toda machucada rondando a casa. Ela falou sobre a visão que teve, mas quase ninguém acreditou nela. Com o passar dos dias, as aparições se tornaram mais frequentes e Elizabete procurou desvendar esse mistério. Quem seria aquela garota? O que ela queria? Será que o relacionamento da família estaria em risco?

# Opinião

O principal problema que encontrei neste livro foi o fato de ele não ter tanto mistério quanto eu achei que teria. A capa é maravilhosa, tem um clima de filme de terror e o enredo é intrigante. No entanto, senti dificuldade para mergulhar na proposta do livro e a leitura acabou ficando monótona.  

Outro ponto negativo foram os personagens irreais. Elizabete, Eduardo e Ana Julia formam uma família irritantemente perfeita dos comerciais de margarina. Existiram alguns conflitos entre eles, mas nada que me fizesse mudar de opinião e vê-los como uma família normal. Até porque eram discussões infantis que se resolviam logo na página seguinte.

Entre esses três, eu gostei mais da Ana Julia. Como dizia no próprio livro, ela parecia ser mais velha do que os pais. Enquanto que eu não consegui sentir empatia por Elizabete. Eu não a imaginei como uma mulher amedrontada com aparições de fantasmas, nem como uma guerreira querendo proteger sua família. Apesar do esforço, só visualizei a imagem de uma dondoca chata e fútil.

O mistério envolvendo a casa na praia, que deveria ser o centro da história, foi abocanhado por questões secundárias, como o romance bobinho entre Ana Julia e Leonardo (filho dos caseiros), que preencheu boa parte do livro. Além disso, as coisas demoraram a chegar ao clímax e, quando chegaram, resolveram-se rapidamente em poucas páginas.

O final conseguiu ser imprevisível. A autora soube conduzir os fatos por uma direção, para depois mudar o rumo e levar o seu leitor para o lado oposto. Eu, particularmente, não esperava aquele desfecho. Deixei escapar alguns detalhes e fui surpreendido.

A escrita da autora tem um frescor. Apesar da temática, ela narra de um jeito leve. Nádia São Paulo tem um grande potencial. Considero que ela se saiu melhor com a trama investigativa de “Morte no Litoral”, já resenhado aqui no blog, do que com o suspense sobrenatural.

Leitura recomendada aos amantes do gênero e àqueles que procuram uma história para se distrair sem compromisso. Até a próxima!

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