Nome completo: Samuel
de Castro Santana Cardeal
Data de nascimento: 25/09/1986
Naturalidade: Belo
Horizonte/MG
Grau de formação: Ensino
superior completo
Profissão: Contador
Mergulhando Na Leitura: Em
poucas linhas, apresente-se aos leitores do blog.
Samuel Cardeal: Olá. Meu nome é Samuel,
sou escritor por amor e contador por… outros motivos. Sou casado e moro na
cidade de Belo Horizonte, onde algumas de minhas histórias se desenrolam.
MNL: Quando você começou a escrever? Como as pessoas ao seu redor reagiram? Elas te
incentivaram?
SC: Comecei a escrever após a tentativa frustrada de escrever
um roteiro de cinema, o que acabou dando origem ao meu primeiro romance,
Demônios Não Choram, hoje fora de circulação para revisão. As pessoas ficam surpresas, acham legal e tudo mais, mas,
na maioria esmagadora dos casos, o incentivo não vai além dos tapinhas nas
costas e das perguntas do tipo “por que você não procura uma editora?”, ou “por
que você não faz um lançamento?". A maioria nem mesmo lê.
MNL: Como foi
a criação do conto O Último Alvo?
SC: Era uma ideia antiga, que surgia na intenção de ser um curta de animação
ou uma graphic novel, o que, por ausência de recursos técnicos e financeiros,
não rolou. Quando a Amazon lançou o concurso Brasil em Prosa, busquei a ideia
na gaveta para produzir o conto. No fim das contas, ele ficou longo demais para
o concurso; então, o Alec Silva deu a ideia de fazer uma coletânea, cedendo um
conto dele, convidei Baltazar de Andrade
e fechamos um e-book com os três contos.
MNL: O que você faria se
estivesse na mesma situação do protagonista do seu conto?
SC: Nunca dá pra ter certeza de como reagiríamos diante de uma situação
assim, mas acredito que minha reação seria bem mais pacífica. Apesar das coisas
que eu escrevo, sou bem avesso à violência.
"Acredito que minha reação seria bem mais pacífica", afirma Samuel. |
MNL: Se o seu conto
virasse filme, quem você escolheria para interpretar o personagem justiceiro?
Por quê?
SC: Essa é uma pergunta bem difícil. Gosto de muitos atores, mas a maioria
deles é bem mais velho que o personagem. Talvez o Paul Dano; apesar da cara de
trouxa, o acho um excelente ator. Ou o Elijah Wood.
MNL: Os
leitores estão aceitando com mais facilidade as obras nacionais? Como você
enxerga o atual cenário da literatura nacional?
SC: A aceitação ainda é precária, pelo menos em um quadro geral. Os best-sellers nacionais são bem segmentados, normalmente literatura adolescente
ou autoajuda, além do nicho de fantasia. Sobretudo, o público em geral só
consome o que é lançado por editoras e tem grande resistência com livros
digitais, o que praticamente impossibilita muitos autores independentes de
alcançarem os leitores. Conheço vários autores de grande talento, muitos bem superiores aos mais
vendidos, mas que não têm oportunidades por preconceito. O cenário atual não me
anima muito. Muitos de nós só continuam escrevendo por muito amor à arte de
contar histórias.
MNL: Como é o
seu processo de escrita? Você segue algum ritual para escrever?
SC: Não costumo seguir rituais e coisas do tipo. A única coisa que não abro
mão é de planejar o que vai ser escrito, principalmente em textos mais longos,
como romances e novelas. Pra mim, é fundamental ter definido o caminho que a
história vai trilhar para que a escrita flua sem entraves.
MNL: Se você
encontrasse o ceifeiro na sua frente, o que diria a ele?
SC: No momento não posso atender, deixe seu recado ou ligue novamente mais
tarde.
MNL: Qual
obra ocuparia o topo da sua lista de “livros para ler antes de morrer”? Por
quê?
SC: Acho que listas assim não funcionam muito bem, pois cada leitor tem um
tipo de gosto. Mas se eu fizesse uma lista para uma outra versão de mim mesmo,
colocaria no topo da lista O Vendedor de Armas, do Hugh Laurie, que é meu livro
predileto.
MNL: Quais
são os escritores que te inspiram?
SC: Gosto muito de Chuck Palahniuk, Hugh Laurie, Dennis Lehane, Isaac
Asimov, Michael Crichton, Mario Puzo. Entre os brasileiros, tem lido muito mais
os autores independentes do que os mais conhecidos, como Alec Silva e Baltazar
de Andrade, já citados, Kamila Zöldyek, Mariana de Lacerda, Karen Soarele,
Gisele Bizarra, Alfer Medeiros, Laísa Couto, entre muitos outros.
MNL: Samuel,
muito obrigado pela entrevista. Agora, eu gostaria que você deixasse uma
mensagem aos leitores do blog.
SC: Obrigado a todos que nos acompanharam até aqui, obrigado Ygo, pela
oportunidade. E convido a cada um não apenas a ler meus trabalhos, mas que
tentem dar oportunidade aos autores independentes. A Amazon tem muitos deles,
sempre com e-books gratuitos, não custa nada ler algumas páginas e conhecer um
novo autor.
Mergulho Rápido
MNL: Uma palavra...
SC: Amor!
MNL: Alguém especial...
SC: Minha esposa!
MNL: Um lugar...
SC: Qualquer um com bons amigos por
perto!
MNL: Uma música…
SC: The Great Gig in the Sky – Pink Floyd!
MNL: Um livro...
SC: O Vendedor de Armas – Hugh Laurie!
MNL: Um sonho...
SC: Viver de arte!
MNL: Morte...
SC: Espero que demore!
MNL: Deus...
SC: Um mistério!
Confiram aqui a resenha de Três dedos de morte. Até a próxima!