Olá, mergulhadores queridos!
Hoje eu venho postar uma entrevista com nosso parceiro gente boa, Edson Kazienko do Carmo. Acompanhem!
Nome
completo – Edson Kazienko do Carmo
Data
de nascimento – 01/03/1988
Naturalidade
– Guarani das Missões/RS
Grau
de formação – Graduado em Educação
Física
Profissão
– Escritor, professor e artista
plástico
Mergulhando Na Leitura: Primeiramente, gostaria que você se
apresentasse aos nossos leitores.
Edson Kazienko do Carmo: Olá,
pessoal. Eu sou Edson Kazienko do Carmo, sou pisciano e adoro lasanha (risos).
Brincadeiras à parte é um prazer poder estar respondendo essa entrevista para o
blog Mergulhando Na Leitura, que incentiva e mostra o trabalho de vários novos
talentos de nossa literatura.
MNL: Seu primeiro livro, Meu irmão, meu herói, trata de uma
relação muito bonita entre dois irmãos. De onde veio essa ideia?
EKC: Desde
a infância, assuntos relacionados à Segunda Guerra me chamavam a atenção. Fui
crescendo e aprendi a pesquisar mais a fundo essa parte marcante da história
mundial. Me deparei com os maiores afetados por tamanha crueldade: as crianças.
E, desta forma, me inspirei a escrever sobre elas que são tão fortes e frágeis,
tão esperançosas e inocentes. E como acredito que o amor transforma, ali
encontrei o eixo principal para o meu livro.
MNL: Por que você decidiu
ambientar a história em um cenário de guerra?
EKC: Como
disse anteriormente, sempre gostei do assunto da Segunda Guerra. Minha família
é de origem polonesa. Fui criado em uma cidade fundada por polacos e, além
disso, acredito que em uma outra vida eu estava lá, não sei quem eu era ou o
que fiz, mas sei que estive lá.
MNL: Como foi o processo de
pesquisa para escrever o livro? Você misturou a ficção com a realidade?
EKC: O
processo foi espetacular. Posso dizer que foi quase surreal. Tudo o que eu
precisava saber sobre determinado fato ou local vinha até mim de uma forma
muito fácil, como por exemplo, eu me deparei com um trecho do livro em que
precisava colocar uma cidade da Polônia com determinadas características,
algumas bem peculiares, e eu não conhecia nenhuma cidade assim, mas quando
liguei a TV de um quarto de hotel que estava hospedado, o canal sintonizado era
o National Geographic, e ali estava
passando um documentário falando sobre essa cidade que eu tanto precisava
exatamente nesse período histórico, e foi assim com toda informação que eu
precisei. Sim, misturei bastante [ficção com realidade]. Basicamente, peguei o
cenário com seus fatos e acrescentei a minha história.
"Tudo o que eu precisava saber sobre determinado fato ou local vinha até mim de uma forma muito fácil", conta o autor. |
MNL: Quais são seus autores
favoritos? De que forma eles contribuem para a criação das suas histórias?
EKC: Um
autor brasileiro que eu gosto muito, apesar de ter uma linha diferente da minha
é o Paulo Coelho, porque ele mostrou que é possível um brasileiro vencer no
mundo lá fora com suas histórias. E outro cara que me fez começar a ler é o
Stan Lee, porque a partir dos quadrinhos dele eu acabei mergulhando na
literatura (risos). Desculpe o trocadilho, não resisti.
MNL: Fale sobre o seu
processo criativo. Você segue algum ritual ou tem alguma mania quando vai
escrever? Qual?
EKC: Eu
tenho um processo bem simples, que é silêncio e concentração. Minha cabeça se
dispersa bem fácil, então por isso só foco nessas condições.
MNL: Como você enxerga a
literatura nacional atualmente? O que falta melhorar?
EKC: Temos grandes talentos e quase nenhum incentivo
para publicar ou posteriormente mostrar esses trabalhos para o público. Essa
página é uma exceção. Infelizmente, ainda temos editoras que querem lucrar
vorazmente em cima dos sonhos de escritores iniciantes. Além de ganhar a
porcentagem sobre os livros, pedem valores abusivos para publicar seu livro,
que variam de 5 a 15 mil reais, além de não dar garantia alguma da distribuição
do mesmo nas livrarias. Mas percebo que cada vez mais o público jovem está
tendo interesse pelos livros e é isso que pode fazer tudo mudar para melhor.
MNL: Além de escritor, você também é
professor. Como você lida com essas duas funções?
EKC: Por
eu ser professor de Educação Física, muitas pessoas acreditam que não há
ligação com a literatura fora tecnicismo de minha área; pelo contrário, eu
trabalho com crianças o dia inteiro e elas me mostram do que são capazes, me
inspiram diariamente. Eu não poderia escrever sobre crianças sem saber como
elas são ao fundo. Para mim é um grande laboratório de personagens e histórias.
MNL: Você está trabalhando
em outro livro? Pode adiantar alguma coisa para os nossos leitores?
EKC: Estou
sim. E o que posso adiantar é que vêm mais crianças por aí, com bastante
aventura e bagunça. Um conto para os pais lerem para os filhos.
MNL: Muito obrigado pela
entrevista. Deixe uma mensagem para os nossos leitores.
EKC: O
que tenho a dizer a vocês, meus queridos, é para não desistirem de seus sonhos.
É praxe, mas é sincero. Não há sensação melhor que ver o que você tanto lutou e
buscou se tornando realidade, e ainda mais quando o que você fez tocou e
emocionou pessoas que você sequer conhecia.
Mergulho
Rápido:
MNL: Uma palavra...
EKC: Amor!
MNL:
Um sonho...
EKC: Viver do que eu amo fazer!
MNL:
Alguém especial...
EKC: Minha esposa!
MNL:
Um lugar...
EKC: Praia!
MNL:
Um livro...
EKC: O meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos!
MNL: Uma música…
EKC:
Kashmir, de Led Zeppelin!
MNL:
Uma comida...
EKC: Lasanha (risos)!
MNL:
Deus...
EKC: Meu grande Pai!
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