Título: O Vestido Cor de Pêssego
Autor(a): R. A. Stival
Ano de lançamento: 2014
Editora: Planeta
Nº de páginas: 319
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A história
O
Vestido Cor de Pêssego é o primeiro
livro da série Hussardos e Dragões.
Em pleno período das guerras
napoleônicas, lá no século XIX, surge um sentimento arrebatador entre duas
pessoas de mundos completamente distintos. Nos campos do coração, o amor acabou
vencendo todas as batalhas.
Amadeus Barnard é um hussardo
(soldado de cavalaria ligeira) respeitado entre os militares e socialmente. O aristocrata tem um passado sofrido, o que fez dele um homem descrente
e solitário. Já Adeline Boissinot é filha de um pequeno proprietário de terras.
Além da escrita e da leitura, a jovem recebeu lições de defesa pessoal,
manuseio de armas e equitação, tornando-se uma mulher madura, corajosa e à
frente do seu tempo.
Adeline chegou de mansinho na vida
do general Amadeus. Depois de ver seu sonho de se casar com Philipe ir por água
abaixo, ela rumou para Paris, onde conseguiu um emprego de criada na mansão de
Amadeus. O que ela não imaginava era que se veria totalmente envolvida por
aquele patrão atormentado.
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Opinião
Amadeus é aquele homem que todos
admiram pela beleza, postura e coragem, mas nem todos sabem o que se passa no
interior dele. Depois de ter perdido o filho e a esposa, ele se transformou em
um homem frio, de modo que a dedicação tão fervorosa à carreira militar se tornou uma espécie de fuga.
A autora foi muito feliz ao traçar
o perfil do casal principal. Os dois se completam de uma forma muito
verossímil. O lado humano de Adeline e Amadeus foi o que mais me chamou
atenção. No decorrer da história, o leitor vai se identificando cada vez mais
com esses personagens.
Adeline demonstra ser uma mulher
muito segura de si na maior parte do tempo, mas na presença do patrão ela se
desarma. Da mesma forma, Amadeus expõe suas fraquezas diante da criada. Ao
conhecer um pouco sobre os fantasmas que atormentam o patrão, Adeline começa a
sentir afeto por ele, trazendo à tona o lado romântico que havia “deixado para
trás” quando foi para Paris.
Com a chegada de Philipe, a
história trouxe um conflito interessante, que pode se desenvolver melhor na
sequência da saga (torço para que isso aconteça). Amadeus ficou enciumado com a
presença do rapaz, deixando transparecer uma insegurança que escondia de todos.
Onde estava aquela bravura do homem que liderou um exército? Todo esse contexto
serviu para mostrar o que o amor pode fazer com as pessoas. O melhor foi que a autora
conduziu isso de maneira muito natural.
Para encerrar, tenho uma observação
a respeito da linguagem do livro. Como a publicação foi pela Editora Planeta – Portugal, senti um
estranhamento em alguns trechos, mas isso não prejudicou a leitura. Além do
mais, a história se passa em outra época, então o vocabulário combina com o
contexto.
Então é isso. Deixo aqui a
recomendação e espero ler o próximo livro da saga em breve. Abraço!
Adorei o mergulho!!!!!!
ResponderExcluirQue bom, Anônimo!
ExcluirVolte sempre.