Olá!
Tem algum mergulhador noveleiro
acompanhando este post? Pois bem. Hoje eu trago a primeira parte deste
especial dedicado àqueles que não resistem a um bom folhetim. Confiram!
Há exatos 20 anos, ia ao ar na tela da
Globo a reprise do último capítulo de uma novela das oito que fez um enorme sucesso
durante o seu período de exibição e que é considerada por muitos uma das
melhores telenovelas de todos os tempos. Estou falando de A Próxima Vítima.
Assinada por Silvio de Abreu, com colaboração
de Alcides Nogueira e Maria Adelaide Amaral, direção de Jorge Fernando, Rogério
Gomes e Marcelo Travesso, a trama de suspense prendeu o público ao longo de 203
capítulos, preservando as respostas dessas três perguntas: “quem seria a
próxima vítima?”, “quem estava matando?” e “por quê?”.
Trama
principal
São Paulo, 1995. Os bairros da Mooca e do Bixiga são os cenários principais dessa emblemática história.
O meio-irmão de Marcelo, o verdureiro
Juca (Tony Ramos), é apaixonado por Ana, mas ela só o enxerga como um grande
amigo. Juca tem dois filhos: Iara (Georgiana Góes) e Tonico (Selton Mello). Ele
é dono de uma banca de frutas no Mercado Municipal de São Paulo e é assim que
tira o sustento da família.
São Paulo, 1995. Os bairros da Mooca e do Bixiga são os cenários principais dessa emblemática história.
Ana (Susana Vieira) é uma mulher
batalhadora, dona de uma pizzaria e, há 20 anos, amante de Marcelo (José
Wilker). Esse relacionamento resultou em três filhos: Giulio (Eduardo Felipe),
Sandrinho (André Gonçalves) e Carina (Deborah Secco).
Juca (Tony Ramos) e Ana (Susana Vieira)
|
Financeiramente, Marcelo tem uma vida bem
mais confortável do que a de Juca, pois é casado com a italiana Francesca
Ferreto (Tereza Rachel) e ocupa um cargo importante no frigorífico que pertence
à família dela.
Acontece que fidelidade não é o forte de
Marcelo. Ele vive um romance intenso com Isabela (Claudia Ohana), sobrinha de
Francesca e filha de Carmela (Yoná Magalhães), ali mesmo na mansão das Ferreto,
onde também moram a controladora Filomena (Aracy Balabanian) e o marido dela, o
submisso Eliseo (Gianfrancesco Guarnieri).
Francesca descobre a traição de Marcelo e
que ele tem três filhos com Ana. Determinada a pegá-lo no flagra com a amante,
ela decide viajar, mas é assassinada misteriosamente na sala do aeroporto.
No decorrer da trama, ocorre uma série de
assassinatos que, aparentemente, não apresentam relação entre si, exceto o fato
de que, antes de morrerem, as vítimas recebiam uma lista do horóscopo chinês
com um aviso: “Estão todos condenados”. Outra peculiaridade era que o assassino
dirigia um Opala preto.
Teia de mistérios
Julia Braga (Glória Menezes) recebe a lista do horóscopo chinês |
As
vítimas ficavam desesperadas e faziam de tudo para escapar, mas a morte era
inevitável. O que fazia a novela não parecer um mar de sangue eram os núcleos
secundários e o período de tempo entre um assassinato e outro. As mortes foram
bem distribuídas ao longo dos mais de 200 capítulos, aliviando o clima tenso. E também não deixaram de lado os aspectos clássicos dos folhetins: humor,
romance, drama, dentre outros.
Cenas marcantes
Claudia
Ohana protagonizou duas cenas marcantes no folhetim. Sequências fortes
envolvendo a mau-caráter Isabela.
# Um tapinha não dói?
Diego (Marcos Frota) bate em Isabela
(Claudia Ohana) na frente dos convidados
|
A primeira foi no dia do casamento da
vilã com Diego (Marcos Frota). Para manter a tradição italiana, a família da
noiva reuniu todos os parentes e outros convidados para uma cerimônia na mansão
Ferreto antes do casamento, que seria na igreja. Acontece que Diego vai lá,
disposto a flagrar Isabela com o amante, Marcelo. Quando descobre a traição,
ele fica irado e começa a bater na noiva, que chega a rolar escada abaixo,
deixando todos abismados. É um verdadeiro barraco! O ponto fraco da cena foi a
atuação de Marcos Frota, pois o ator ainda apresentava os trejeitos do último
personagem dele, o Tonho da Lua, da novela Mulheres
de Areia (1993).
#
Olha a faca!
"Ele tá louco, tia!" |
Em outra cena, Isabela está envolvida em
mais uma traição. Desta vez, é Marcelo quem flagra a jovem com Bruno (Alexandre
Borges), na mesa da cozinha. Ele aproveita o ambiente e pega uma faca, dando
início a uma sequência de golpes contra a vilã, que tenta fugir e começa a
fazer barulho para acordar todos da mansão. No entanto, ninguém consegue
segurar a ira de Marcelo, que esfaqueia o rosto de Isabela, deixando nela uma
cicatriz que carregaria pelo resto da trama.
#
Meu filho é gay... e está tudo bem
Sandrinho (André Gonçalves)
recebe apoio da mãe
|
Uma cena que também deu o que falar foi
quando Sandrinho conversou abertamente com a mãe sobre homossexualidade. Se
hoje em dia esse assunto ainda causa polêmica quando é abordado nas novelas,
imaginem o impacto disso há duas décadas? A mensagem que a cena transmitiu foi
um gol de placa. Ana aceitou o filho do jeito dele e prometeu dar todo o apoio
que ele precisasse.
# Pegadinha da Francesca
Francesca (Tereza Rachel) finge que foi envenenada |
A chegada triunfal de Francesca Ferreto ao aeroporto de São Paulo também
merece entrar para esta lista. Todo mundo pensava que ela tinha morrido
envenenada no início da novela, mas, na verdade, tudo não passou de uma
farsa. Francesca combinou a encenação com a irmã, Filomena, após desconfiar de
que seria a próxima vítima do
assassino misterioso. Foi a única maneira que encontrou de se salvar. Só no
final a polícia descobriu que ela estava viva, morando na Suíça, trazendo-a de
volta ao Brasil.
Com informações de: MEMÓRIA GLOBO (e a minha)
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