quarta-feira, 4 de novembro de 2015

#Especial: A Próxima Vítima - 20 anos (Parte I)

Olá!

Tem algum mergulhador noveleiro acompanhando este post? Pois bem. Hoje eu trago a primeira parte deste especial dedicado àqueles que não resistem a um bom folhetim. Confiram!


Há exatos 20 anos, ia ao ar na tela da Globo a reprise do último capítulo de uma novela das oito que fez um enorme sucesso durante o seu período de exibição e que é considerada por muitos uma das melhores telenovelas de todos os tempos. Estou falando de A Próxima Vítima.

Assinada por Silvio de Abreu, com colaboração de Alcides Nogueira e Maria Adelaide Amaral, direção de Jorge Fernando, Rogério Gomes e Marcelo Travesso, a trama de suspense prendeu o público ao longo de 203 capítulos, preservando as respostas dessas três perguntas: “quem seria a próxima vítima?”, “quem estava matando?” e “por quê?”.

Trama principal

São Paulo, 1995. Os bairros da Mooca e do Bixiga são os cenários principais dessa emblemática história.

Ana (Susana Vieira) é uma mulher batalhadora, dona de uma pizzaria e, há 20 anos, amante de Marcelo (José Wilker). Esse relacionamento resultou em três filhos: Giulio (Eduardo Felipe), Sandrinho (André Gonçalves) e Carina (Deborah Secco).

    
Juca (Tony Ramos) e Ana (Susana Vieira)
O meio-irmão de Marcelo, o verdureiro Juca (Tony Ramos), é apaixonado por Ana, mas ela só o enxerga como um grande amigo. Juca tem dois filhos: Iara (Georgiana Góes) e Tonico (Selton Mello). Ele é dono de uma banca de frutas no Mercado Municipal de São Paulo e é assim que tira o sustento da família.

Financeiramente, Marcelo tem uma vida bem mais confortável do que a de Juca, pois é casado com a italiana Francesca Ferreto (Tereza Rachel) e ocupa um cargo importante no frigorífico que pertence à família dela.

Acontece que fidelidade não é o forte de Marcelo. Ele vive um romance intenso com Isabela (Claudia Ohana), sobrinha de Francesca e filha de Carmela (Yoná Magalhães), ali mesmo na mansão das Ferreto, onde também moram a controladora Filomena (Aracy Balabanian) e o marido dela, o submisso Eliseo (Gianfrancesco Guarnieri).

Francesca descobre a traição de Marcelo e que ele tem três filhos com Ana. Determinada a pegá-lo no flagra com a amante, ela decide viajar, mas é assassinada misteriosamente na sala do aeroporto.

Teia de mistérios

Julia Braga (Glória Menezes) recebe
a lista do horóscopo chinês
No decorrer da trama, ocorre uma série de assassinatos que, aparentemente, não apresentam relação entre si, exceto o fato de que, antes de morrerem, as vítimas recebiam uma lista do horóscopo chinês com um aviso: “Estão todos condenados”. Outra peculiaridade era que o assassino dirigia um Opala preto. 

As vítimas ficavam desesperadas e faziam de tudo para escapar, mas a morte era inevitável. O que fazia a novela não parecer um mar de sangue eram os núcleos secundários e o período de tempo entre um assassinato e outro. As mortes foram bem distribuídas ao longo dos mais de 200 capítulos, aliviando o clima tenso. E também não deixaram de lado os aspectos clássicos dos folhetins: humor, romance, drama, dentre outros. 

Cenas marcantes

Claudia Ohana protagonizou duas cenas marcantes no folhetim. Sequências fortes envolvendo a mau-caráter Isabela.

# Um tapinha não dói?

     
   Diego (Marcos Frota) bate em Isabela
(Claudia Ohana) na frente dos convidados
A primeira foi no dia do casamento da vilã com Diego (Marcos Frota). Para manter a tradição italiana, a família da noiva reuniu todos os parentes e outros convidados para uma cerimônia na mansão Ferreto antes do casamento, que seria na igreja. Acontece que Diego vai lá, disposto a flagrar Isabela com o amante, Marcelo. Quando descobre a traição, ele fica irado e começa a bater na noiva, que chega a rolar escada abaixo, deixando todos abismados. É um verdadeiro barraco! O ponto fraco da cena foi a atuação de Marcos Frota, pois o ator ainda apresentava os trejeitos do último personagem dele, o Tonho da Lua, da novela Mulheres de Areia (1993). 

# Olha a faca!

"Ele tá louco, tia!"
Em outra cena, Isabela está envolvida em mais uma traição. Desta vez, é Marcelo quem flagra a jovem com Bruno (Alexandre Borges), na mesa da cozinha. Ele aproveita o ambiente e pega uma faca, dando início a uma sequência de golpes contra a vilã, que tenta fugir e começa a fazer barulho para acordar todos da mansão. No entanto, ninguém consegue segurar a ira de Marcelo, que esfaqueia o rosto de Isabela, deixando nela uma cicatriz que carregaria pelo resto da trama. 

# Meu filho é gay... e está tudo bem

  
Sandrinho (André Gonçalves) 
recebe apoio da mãe 
Uma cena que também deu o que falar foi quando Sandrinho conversou abertamente com a mãe sobre homossexualidade. Se hoje em dia esse assunto ainda causa polêmica quando é abordado nas novelas, imaginem o impacto disso há duas décadas? A mensagem que a cena transmitiu foi um gol de placa. Ana aceitou o filho do jeito dele e prometeu dar todo o apoio que ele precisasse.






# Pegadinha da Francesca

Francesca (Tereza Rachel)
finge que foi envenenada
A chegada triunfal de Francesca Ferreto ao aeroporto de São Paulo também merece entrar para esta lista. Todo mundo pensava que ela tinha morrido envenenada no início da novela, mas, na verdade, tudo não passou de uma farsa. Francesca combinou a encenação com a irmã, Filomena, após desconfiar de que seria a próxima vítima do assassino misterioso. Foi a única maneira que encontrou de se salvar. Só no final a polícia descobriu que ela estava viva, morando na Suíça, trazendo-a de volta ao Brasil. 

Com informações de: MEMÓRIA GLOBO (e a minha)

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