Olá,
mergulhadores!
Já
tem um tempo que eu não
consigo colocar meus mergulhos em dia nem
publicar
aqui no blog com a frequência de antes. Então, algumas semanas
atrás, fiz a mim mesmo a seguinte pergunta: será
que revisor de texto consegue ler por diversão? Bom, levando em
conta que isso varia de pessoa para pessoa, vou responder com base na
minha experiência. Confiram!
O revisor de texto e o desafio de ler por diversão
Para
quem pegou o bonde andando, lá vai uma breve explicação:
Desde
o final de 2017, estou vivendo algo que nunca passou pela minha
cabeça. Comecei a trabalhar com revisão
textual e me encontrei na carreira de
freelancer.
Tenho uma rotina
que exige muito de mim, mas nada perto do terror do meu primeiro
emprego com carteira assinada.
A
questão é que, como eu disse no começo, minhas leituras ficaram
comprometidas. Quando finalmente tenho um espaço no meu dia para ler
algum livro da estante ou um e-book, tento aproveitar ao
máximo. No entanto, venho observando que muitas coisas mudaram.
Será
que eu, revisor de texto, consigo ler por diversão? Vamos ver os
dois lados da moeda.
O lado bom
O
contato diário com textos sobre os mais diversos temas me faz
absorver muito conhecimento. Como o objetivo é entregar o melhor
conteúdo possível para os leitores, também faço pesquisas para
entender os assuntos abordados. A partir daí, vejo o que posso
alterar para aprimorar os artigos.
Essa
prática é positiva porque amplia o meu senso crítico e me tira
(muito ou pouco) da ignorância em relação a certos assuntos.
Quando estou lendo livros, principalmente os que falam de coisas
distantes da minha realidade, é mais fácil entender a mensagem que
o(a) escritor(a) quer transmitir.
Um
exemplo básico: ao ler
a obra Por
que Eu?,
da parceira Sinélia
Peixoto, tive que fazer uma pausa para perguntar a uma amiga o
que era um “vestido tubinho”. Insatisfeito com a explicação,
fui ao Google
Imagens para
ter uma ideia mais clara de como a protagonista estava vestida.
Talvez
eu curtisse bem mais a história se mergulhasse naquela leitura hoje
em dia, pois já revisei alguns textos que me ensinaram bastante
sobre moda feminina em geral.
O lado ruim
É
aquele velho clichê de que “nem tudo são flores”. Atuar como
revisor freelancer também traz impactos que eu considero
negativos quando me encontro na posição de leitor. O principal é
relacionado à dificuldade de manter a concentração nas tramas
apresentadas nos livros.
Como
todos devem imaginar, um ponto importante do meu trabalho é corrigir
erros gramaticais. Então, na hora de ler uma obra qualquer, a
tentação de “caçar” os deslizes é enorme. O pior é focar
nisso a ponto de perder a conexão com os personagens e não
aproveitar o enredo (ou parte dele).
Um
detalhe curioso é que nem sempre se trata de notar uma falha e ficar
incomodado, mas de perder tempo pensando em outras maneiras de
construir uma frase. Se o livro passou por uma revisão e saiu
daquele jeito, pode ter sido apenas por uma questão de estilo do
revisor. Paciência.
Enfim,
eu espero conseguir deixar meu lado profissional em um cantinho que
não atrapalhe o meu hobby. O fato de ser revisor de texto não
pode me impedir de ler por diversão, concordam? Deixem comentários
com a opinião de vocês sobre o assunto!
Que interessante essa postagem. Me fez refletir sobre diversas coisas. Eu te entendo perfeitamente quando mostra que revisar não é somente ler e sim entender todo o contexto.
ResponderExcluirSaudade dassm suas resenhas aqui.
Passa la no blog para conferir o artigo que fiz.
Bjus
Olá, Paloma.
ExcluirExatamente. É um trabalho minucioso.
Vou passar lá no seu blog.
Bjs!