Título: 72 Horas para Morrer
Autor: Ricardo Ragazzo
Ano de lançamento: 2014*
Editora: Novo Século
Nº de páginas: 228
# A história
Júlio Fontana,
delegado da pequena cidade de Novo Salto, jamais poderia imaginar que os erros
do passado trariam consequências tão drásticas para o presente e para o futuro.
Sua vida se transforma em um verdadeiro inferno quando descobre que sua
namorada Agatha fora raptada.
Júlio recebe um
vídeo com cenas terríveis de Agatha no cativeiro e, após rever as imagens
inúmeras vezes, consegue descobrir um símbolo na parede, que o ajuda a chegar
ao local onde sua namorada está presa.
O delegado sabia
que tinha pouco tempo. Pessoas próximas começam a ser brutalmente assassinadas
e ele precisa ser rápido. A sede de vingança do serial killer é insaciável. Júlio vai encarar a morte de frente enquanto
tenta proteger Laura, sua única filha, que pode ser a próxima vítima do
assassino.
# Opinião
Por ter
conhecido a escrita de Ricardo Ragazzo por meio do livro A garota das cicatrizes de fogo, eu decidi ler essa
outra obra dele que me intrigava há muito tempo, por diversos fatores. Dentre
eles, o título forte e o enredo envolvendo um serial killer. Na contracapa, vários comentários tecem elogios ao
livro, merecidamente: assustador, polêmico, intrigante, perturbador, viciante.
Adjetivos certeiros, embora insuficientes para expressar a qualidade da obra de
Ragazzo, que deixa muito best-seller
comendo poeira.
Na entrevista
que o autor cedeu para o blog, ele falou que 72 Horas para Morrer é um livro de
suspense com terror. Essa definição, vinda do próprio autor, serviu para atiçar
minha curiosidade, já que eu sou fã declarado do gênero. No entanto, minhas
experiências são mais direcionadas a filmes. Livros com essas características,
li poucos até agora.
Comecei a
leitura sabendo mais ou menos o que esperar. Ao longo das páginas, fui
desconstruindo ideias e, quando me dei conta, já havia lavado as mãos, ficando completamente
entregue às surpresas. Ragazzo usou o elemento tempo para gerar mais suspense,
chegando ao ponto em que o próprio relógio parecia ter se transformado em
personagem da trama.
Eu mergulhei
nesse livro de uma forma tão profunda que a aflição do protagonista na sua
luta constante contra o tempo passou para mim também. Era como se eu estivesse
sendo obrigado a ler o livro todo em menos de 72 horas para ele ter um final feliz. Pouquíssimos livros foram
capazes de fazer eu me sentir assim. Acho que o último que me causou essa
“agonia positiva” foi Anjos e Demônios.
Uma coisa que me
atrai em qualquer história são as reviravoltas. Eu adoro ter a sensação de que a
próxima página vai mudar tudo. Isso aconteceu muitas vezes com esse livro e eu
não sabia mais em qual personagem confiar. Aliás, a palavra confiança tem um grande significado
nessa obra. Ragazzo, além de mexer nas feridas da sociedade, tratando de temas
polêmicos, traz à tona os sentimentos mais sórdidos do ser humano e mostra as
consequências de se confiar cegamente
em alguém.
O único ponto
negativo foi a personagem Laura, que é excessivamente rebelde e, por isso, se
tornou chata demais. Vi algumas opiniões de leitores que disseram ter se
decepcionado com os rumos que a história tomou no final. Porém, como o autor
escolheu um caminho inesperado, que casou com o estilo de filmes dos quais eu
gosto, acabei “mergulhando” na ideia dele e curtindo muito o desfecho.
No mais, esse livro
me deixou aflito, apreensivo, embrulhou o meu estômago com as descrições das atrocidades
e me fez perder o fôlego diversas vezes. 72
Horas para Morrer merece virar filme ou série de TV. Fica a dica!
# Extra
*O livro está na
sua segunda edição. A primeira, com outra capa, foi publicada em 2011, também
pela Editora Novo Século.
Olá =)
ResponderExcluirNossa, que sensacional sua resenha. Adorei!
Não conhecia este livro, mas como amo o gênero - e nunca li nada nacional neste estilo - fiquei super interessada!
Beijos,
Livy
nomundodoslivros.com
Olá, Livy.
ExcluirUm ótimo livro nacional. Recomendo!
Obrigado e volte sempre.
Beijos!