quarta-feira, 1 de maio de 2019

#Resenha: "Um brinde de cianureto"


Título: Um brinde de cianureto

Autor(a): Agatha Christie

Ano de lançamento: 2014*

Editora: L&PM Pocket

N° de páginas: 256



# A história



Uma festa de aniversário. Seis convidados. Um cadáver. Suicídio? Tudo indica que sim, mas tem algo muito estranho nessa história. Alguém beber uma taça de champanhe com cianureto no dia em que completa mais uma primavera é, no mínimo, intrigante.

Rosemary Barton havia acabado de se recuperar de uma gripe e estava um tanto deprimida. Todos os presentes naquela noite no luxuoso restaurante Luxembourg preferem acreditar que essa condição a fez tirar a própria vida. Ninguém levanta outra hipótese.

No entanto, um ano depois, George Barton recebe um bilhete anônimo que revela que sua esposa foi assassinada. É aí que começa uma investigação, conduzida pelo coronel Race e pelo inspetor-chefe Kemp, para desvendar o mistério envolvendo a morte de Rosemary.

O assassino, é claro, não quer acabar na prisão. E ele não hesita em agir às escondidas para atrapalhar o trabalho da polícia e preservar sua identidade.


# Opinião



A forma como o livro é dividido torna a história ainda mais interessante. A primeira parte tem seis capítulos, cada um dedicado a um convidado da festa. Assim, conseguimos entender a relação que eles tinham com a aniversariante e ver suas versões daquela noite.

São os seguintes personagens: Iris Marle (irmã mais nova); Ruth Lessing (secretária de George); Anthony Browne (affair de Rosemary); Stephen Farraday (outro caso de Rosemary); Alexandra Faraday (esposa de Stephen); e George Barton (marido).

A segunda parte mostra o desdobramento da descoberta de que alguém matou Rosemary. A trama fica tensa e ganha um ritmo mais acelerado nesse momento. Só posso dizer que acontece uma reviravolta de cair o queixo. É o gancho perfeito para a terceira e última parte do livro, quando as investigações avançam e as coisas vão se encaixando.

O coronel Race e o inspetor-chefe Kemp são bons no que fazem, mas eu os achei “mornos”. Senti falta do carisma de Hercule Poirot e Miss Marple, personagens marcantes de Agatha Christie. Estes são os meus queridinhos, então eu tenho dificuldade em “dar uma chance” a outros detetives que aparecem nos livros da autora. Vou tentar mudar isso.

O final não chega a surpreender, até porque o crime não é tão engenhoso assim. A explicação é dada nas últimas páginas, de maneira breve e coerente. A gente não precisa formular várias teorias para tentar adivinhar como o assassino age. Afinal, ele basicamente aproveita uma oportunidade e coloca cianureto em uma taça de champanhe.

Porém, o desfecho não tira o brilho do mergulho, pois há outros pontos que levantam a história. Eu diria que o principal fator que desperta o nosso interesse são as relações entre Rosemary e os convidados da festa (o que eu destaquei quando postei as minhas primeiras impressões sobre a obra). Portanto, no geral, é um livro que vale a pena.

* Publicado originalmente em 1945.

Espero que vocês tenham curtido a minha resenha de Um brinde de cianureto. Quem aí já leu a obra? Contem nos comentários o que acharam dela!

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