Título: Cicatrizes de um segredo
Autor: Marcio Scheibler
Ano de lançamento: 2009
Editora: ZUM
Nº de páginas: 162
# A história
Tudo começa na
Cidade do México no ano de 1926, quando o aventureiro Adalberto Valença decide
procurar joias e moedas de ouro que teriam sido enterradas em uma caverna. Para
isso, ele conta com a ajuda de três mexicanos, que em troca queriam uma parte
do que fosse encontrado. Porém, a ambição de Adalberto falou mais alto e ele
voltou para o Brasil sem dar nada aos três homens.
Acontece uma
passagem de tempo e a história chega ao ano de 1993, em Novo Jardim. A partir
daí, começamos a acompanhar a história de amizade entre Ricardo Valença
(bisneto de Adalberto) e Martim. Além disso, o autor já nos apresenta o
detetive da história, Otávio Medeiros, que até então era só um estudante do
quinto semestre do curso de Direito e que morava no mesmo bairro de Ricardo e
Martim.
No ano de 2006,
as joias da família já estavam sob o domínio de Ricardo. Ele decide guardá-las
numa sala secreta embaixo do auditório da universidade onde estudou. Apenas
ele e seu amigo Martim (agora reitor) sabiam da existência dessa sala. Isso era
o que eles imaginavam.
As joias são
roubadas misteriosamente, e Ricardo logo desconfia de Martim. É aí que o
detetive Otávio Medeiros entra em ação para investigar o caso. No começo, tudo
parecia ser um simples roubo, mas o bandido (que não sabia que um detetive fora
acionado) começa a desafiar a todos quando volta inúmeras vezes ao local onde
as joias estavam guardadas, para deixar pistas em lugares estratégicos. Isso
torna o crime muito mais envolvente e enigmático.
O detetive
Otávio Medeiros age com cautela para descobrir o autor do roubo. Ele se passa por representante do Ministério da Educação e, com o uso de muito raciocínio
lógico, liga todos os pontos para chegar ao culpado. Não posso revelar
mais nada. Mergulhem na leitura para descobrirem o final dessa história. Vocês
não vão se decepcionar.
# Opinião
“Cicatrizes de
um segredo” é um romance policial bem curto, mas extremamente intrigante. A narrativa
é ágil e objetiva. Scheibler construiu um enredo sem enrolações. Ele foi direto
ao ponto. Isso dá mais ritmo à história e causa no leitor a vontade de ler logo
a página seguinte para descobrir o que vai acontecer.
No entanto, essa
agilidade também teve o seu lado negativo. O autor poderia ter explorado mais
as características de cada personagem e enriquecido um pouco mais os diálogos.
Alguns acontecimentos mereciam preencher um número maior de páginas.
O livro como um
todo é muito bom. O escritor gaúcho teve muito mais acertos do que erros nesse
seu romance de estreia. Scheibler começou com o pé direito e pode ter
futuramente o seu nome entre os melhores autores de romances policiais do
Brasil. Potencial para isso, ele tem.
# Extra
Separei este trecho para vocês porque o achei curioso:
“Alguém se aproximou e disse:
– Estava bom o cachorro-quente?
– Como sabe que comemos cachorro-quente? – perguntou Martim.
– Esse grão de milho no seu prato só pode ser do famoso cachorro-quente da lancheria da universidade. É o único lanche que contém milho nesse lugar.
– Mas você repara em cada detalhe. Será um bom detetive, se quiser. – comentou Ricardo.”
No trecho acima, o que me chamou muita atenção foi o uso da palavra lancheria. No lugar onde eu moro, conhecemos pelo nome de cantina.
Muito obrigado pela resenha!!! =D
ResponderExcluirOutra coisa que não citei na resenha, é que este foi o primeiro livro do gênero onde não encontrei a palavra ÁLIBI, muito utilizada em romances policiais.
ExcluirEu que agradeço pela visita, Marcio. Volte sempre!
Olá.
ResponderExcluirPostagem divulgada no Portal Teia.
Até mais