quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

#Resenha: "72 Horas para Morrer"


Título: 72 Horas para Morrer

Autor: Ricardo Ragazzo

Ano de lançamento: 2014*

Editora: Novo Século

Nº de páginas: 228



# A história

Júlio Fontana, delegado da pequena cidade de Novo Salto, jamais poderia imaginar que os erros do passado trariam consequências tão drásticas para o presente e para o futuro. Sua vida se transforma em um verdadeiro inferno quando descobre que sua namorada Agatha fora raptada.

Júlio recebe um vídeo com cenas terríveis de Agatha no cativeiro e, após rever as imagens inúmeras vezes, consegue descobrir um símbolo na parede, que o ajuda a chegar ao local onde sua namorada está presa.

O delegado sabia que tinha pouco tempo. Pessoas próximas começam a ser brutalmente assassinadas e ele precisa ser rápido. A sede de vingança do serial killer é insaciável. Júlio vai encarar a morte de frente enquanto tenta proteger Laura, sua única filha, que pode ser a próxima vítima do assassino.

# Opinião

Por ter conhecido a escrita de Ricardo Ragazzo por meio do livro A garota das cicatrizes de fogo, eu decidi ler essa outra obra dele que me intrigava há muito tempo, por diversos fatores. Dentre eles, o título forte e o enredo envolvendo um serial killer. Na contracapa, vários comentários tecem elogios ao livro, merecidamente: assustador, polêmico, intrigante, perturbador, viciante. Adjetivos certeiros, embora insuficientes para expressar a qualidade da obra de Ragazzo, que deixa muito best-seller comendo poeira.

Na entrevista que o autor cedeu para o blog, ele falou que 72 Horas para Morrer é um livro de suspense com terror. Essa definição, vinda do próprio autor, serviu para atiçar minha curiosidade, já que eu sou fã declarado do gênero. No entanto, minhas experiências são mais direcionadas a filmes. Livros com essas características, li poucos até agora.

Comecei a leitura sabendo mais ou menos o que esperar. Ao longo das páginas, fui desconstruindo ideias e, quando me dei conta, já havia lavado as mãos, ficando completamente entregue às surpresas. Ragazzo usou o elemento tempo para gerar mais suspense, chegando ao ponto em que o próprio relógio parecia ter se transformado em personagem da trama.

Eu mergulhei nesse livro de uma forma tão profunda que a aflição do protagonista na sua luta constante contra o tempo passou para mim também. Era como se eu estivesse sendo obrigado a ler o livro todo em menos de 72 horas para ele ter um final feliz. Pouquíssimos livros foram capazes de fazer eu me sentir assim. Acho que o último que me causou essa “agonia positiva” foi Anjos e Demônios.

Uma coisa que me atrai em qualquer história são as reviravoltas. Eu adoro ter a sensação de que a próxima página vai mudar tudo. Isso aconteceu muitas vezes com esse livro e eu não sabia mais em qual personagem confiar. Aliás, a palavra confiança tem um grande significado nessa obra. Ragazzo, além de mexer nas feridas da sociedade, tratando de temas polêmicos, traz à tona os sentimentos mais sórdidos do ser humano e mostra as consequências de se confiar cegamente em alguém.

O único ponto negativo foi a personagem Laura, que é excessivamente rebelde e, por isso, se tornou chata demais. Vi algumas opiniões de leitores que disseram ter se decepcionado com os rumos que a história tomou no final. Porém, como o autor escolheu um caminho inesperado, que casou com o estilo de filmes dos quais eu gosto, acabei “mergulhando” na ideia dele e curtindo muito o desfecho.

No mais, esse livro me deixou aflito, apreensivo, embrulhou o meu estômago com as descrições das atrocidades e me fez perder o fôlego diversas vezes. 72 Horas para Morrer merece virar filme ou série de TV. Fica a dica!

# Extra

*O livro está na sua segunda edição. A primeira, com outra capa, foi publicada em 2011, também pela Editora Novo Século.

2 comentários:

  1. Olá =)

    Nossa, que sensacional sua resenha. Adorei!
    Não conhecia este livro, mas como amo o gênero - e nunca li nada nacional neste estilo - fiquei super interessada!

    Beijos,
    Livy
    nomundodoslivros.com

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    Respostas
    1. Olá, Livy.
      Um ótimo livro nacional. Recomendo!
      Obrigado e volte sempre.
      Beijos!

      Excluir

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