Título: Elite da Tropa
Autor(es): Luiz Eduardo Soares;
André Batista; Rodrigo Pimentel
Editora: Objetiva
Ano: 2006
Nº de páginas: 315
“Porrada em vagabundo, execução de
marginal, esse departamento é com a gente mesmo”. (p.25)
O livro é dividido em duas partes.
A primeira, chamada de “Diário da Guerra”, contém relatos do cotidiano dos policiais.
Foto: Ygo Maia |
“Fuzilamos a casa, dispostos a
derrubá-la. Foram uns quatrocentos tiros. Ficou de pé, vazada feito paliteiro”.
(p.29)
Conhecemos um pouco do mundo do
Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE, de forma bastante direta,
graças à narrativa do livro. Por tratar-se de um “diário”, o leitor se depara
com uma realidade crua, sem filtro. Aliás, os fatos são praticamente vomitados
pelo narrador.
“Se você está esperando um
depoimento bem educadinho, pode esquecer. Melhor fechar o livro agora mesmo.
Desculpe, mas me irrito com as pessoas que querem ao mesmo tempo a verdade e um
discurso de cavalheiro”. (p.21)
Eu senti essa vontade de fechar o livro em vários momentos, não pela linguagem desbocada, e sim pelos casos horrendos que são narrados. Algumas atitudes tomadas pelos policiais me deixaram abismado durante a leitura. Entretanto, também tiveram momentos em que senti admiração pelo trabalho do BOPE. É inspiradora a dedicação desses profissionais.
Foto: Ygo Maia |
No início da segunda parte, os
autores tiveram a preocupação de nos apresentar uma lista com os nomes dos
personagens e uma breve descrição sobre eles. Em seguida, a história começa de
verdade. Adentramos em um mundo sombrio, que envolve drogas, política, favelas,
corrupção, família, entre outras coisas.
“A gente sabe que o BOPE é
violento, tem um treinamento duro para operações de guerra, não poupa ninguém,
trata as favelas como territórios inimigos e as comunidades como populações
inimigas. Em compensação, não corrompe, nem se deixa corromper”. (p.280)
Gostei da narrativa do livro. É
tudo muito ágil. Mas encontrei dois problemas durante a leitura: primeiro, o
fato de não haver uma divisão de capítulos na segunda metade da história. As
únicas informações para situar o leitor são o nome dos lugares (em caixa alta)
e os horários de um acontecimento para outro.
Também me incomodou a grande
quantidade de personagens. Mesmo com a lista disponibilizada pelos autores, foi
difícil de gravar os nomes e depois lembrar quem era policial, quem era
traficante, quem era político do bem ou do mal. Fiquei confuso, porém, no
geral, foi uma boa leitura.
Olá Ygo, a quanto tempo não visito seu blog. Gostei da resenha, deve ser um pouco forte dar de cara assim com a realidade crua, esses "casos horrendos" são difíceis de "engolir", mas me pareceu ser um ótimo livro, quanto ao filme, já assisti, um clássico do cinema nacional, não?
ResponderExcluirBeijos
http://misteriodaspaginas.blogspot.com.br/
Olá, Jaqueline. É verdade, fazia tempo que você não aparecia.
ExcluirBom, você acredita que eu ainda não assisti a esse filme?
Obrigado pela participação. Bem-vinda, de novo.
:)
Beijos!
Oi , tudo bem?
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