Título no Brasil: Rede de Intrigas
Título original: Network
País de origem: EUA
Idioma: Inglês
Gênero: Drama
Direção: Sidney Lumet
Duração: 121 min
Ano: 1976
Sobre o filme
A audiência do
principal telejornal da UBS começa a declinar e a emissora resolve demitir o
âncora Howard Beale (Peter Finch). Como forma de protesto, ele anuncia que irá
se matar diante das câmeras. A polêmica faz os números de audiência subirem e a
diretora de programação, Diana Christensen (Faye Dunaway), enxerga a
oportunidade de transformar o telejornal no carro-chefe da emissora e,
consequentemente, aumentar o faturamento da rede.
Surge assim o The Howard Beale Show, um programa
sensacionalista apresentado por um homem que expressa a sua revolta com o
sistema e persuade os telespectadores a agirem como ele. O “profeta louco”,
como ficou conhecido o apresentador, se tornou um dos responsáveis pelo melhor
momento da emissora desde o seu surgimento, conquistando números expressivos de
audiência e bom retorno financeiro.
Tempos depois,
com o programa já consolidado, Howard Beale passa a demonstrar sinais de
insanidade. Os produtores percebem que deram muita liberdade ao apresentador,
sobretudo quando ele começa a denunciar, ao vivo, os interesses envolvendo a
emissora e as corporações associadas a ela. A crise se instala nos bastidores e
as consequências refletem nos números de audiência, que voltam a cair.
A ambiciosa
Diana Christensen se reúne com os demais dirigentes da UBS para discutir o
futuro do The Howard Beale Show. Eles
chegam ao consenso de que o problema está em seu apresentador e que precisam
encontrar uma solução para o desgaste do programa. A intervenção seria feita em
grande estilo, afinal, o show teria que continuar.
Rede de Intrigas
faz uma crítica ríspida aos programas sensacionalistas da TV. O filme discute a
falta de ética dos produtores que utilizam quaisquer artifícios para alcançar
índices satisfatórios de audiência, sem se preocuparem com os efeitos negativos
que os conteúdos irresponsáveis possam provocar no telespectador.
O The Howard Beale Show é transformado em
um verdadeiro circo para atrair a atenção do público. A loucura do apresentador
é explorada ao máximo e ele passa a ser a atração principal. O jornalismo e o
entretenimento se misturam, sendo difícil de identificá-los separadamente no
decorrer do programa. O que fica nítida é a inversão de foco, uma vez que a
ênfase que deveria ser dada à notícia se volta para o apresentador Howard
Beale.
Faye Dunaway como a ambiciosa Diana Christensen |
Destaque
A personagem que movimentou a história foi Diana
Christensen, sempre com ótimas cenas. A atuação de Faye Dunaway (foto) merece destaque.
A atriz interpreta uma diretora de programação capaz de qualquer coisa para
conseguir audiência. No começo, o que vemos é uma mulher que se dedica
fervorosamente ao trabalho, abrindo mão de tudo pelo sonho de atingir “30
pontos”. O comportamento inicial da personagem ganhou minha admiração.
Entretanto, minha opinião mudou a partir do momento que eu percebi que ela
estava completamente obcecada e deixando a ética em segundo plano.
Considerações finais
Apesar de ter
sido lançado nos anos 70, ao ver o filme é possível refletir sobre os meios de
comunicação da atualidade, sendo que o programa de Howard Beale guarda várias
semelhanças com programas que temos na TV brasileira. Recomendo esse filme,
principalmente, aos estudantes de jornalismo e àquelas pessoas que se
interessam por televisão. Até a próxima!
Hum...gostei bastante! Se não me engano eu vi esse filme em uma aula na faculdade. É muito bom e faz refletir bastante sobre o sensacionalismo atual como vocês disse.
ResponderExcluirBloody Kisses
Monólogo de Julieta
Olá, Paloma.
ExcluirTambém vi o filme na faculdade. É exatamente isso que você falou: um filme para refletir sobre o sensacionalismo.
Beijos!!!