Título: Meu irmão, meu herói
Autor: Edson Kazienko do Carmo
Ano de lançamento: 2016
Editora: Multifoco
Nº de páginas: 198
# A história
"Façam do amor uma lição de vida".
Estefano e Alexandre são dois
irmãos que ficaram órfãos na Segunda Guerra Mundial quando Hitler invadiu a
Polônia e destruiu milhares de famílias. Movidos pela esperança e pela
inocência, eles vão à procura de um tio que vive em uma cidade que fica a mais
de 400 quilômetros de onde eles estão.
Os irmãos encontram pelo caminho
algumas pessoas que tentam ajudá-los ou machucá-los. No fim das contas, o que
seria uma longa jornada para encontrar um parente distante acaba se
transformando em uma luta pela sobrevivência.
# Opinião
O prefácio da obra situa os leitores. O autor faz um resumo sobre as atrocidades da Segunda
Guerra para contextualizar e encorpar a trama. Além disso, Kazienko pontua
questões muito interessantes como a importância do amor e da família,
principalmente nos momentos de dificuldades.
A história é narrada em primeira
pessoa pelo velho e sofrido Alexandre Kamarks. Apesar de não se lembrar das
atividades que realiza corriqueiramente, o personagem tem recordações muito
nítidas sobre os horrores da guerra. Cheguei a levantar a hipótese de que ele
sofre de Alzheimer, pois ter essas lembranças do passado é uma das
características da doença.
Durante uma reunião familiar, ele
resolve abrir o jogo com todos. A plateia é formada pela esposa, pelos filhos e pelos netos. Vocês se lembram do filme Titanic? É um flashback bem parecido com aquele. A volta do protagonista à infância
preenche todo o livro.
Acredito que o resultado seria mais
interessante se o autor tivesse intercalado a narrativa do passado com a do presente,
até para dar uma função aos parentes do personagem principal, que só foram
citados no início e no fim do livro. Assim, o leitor também acompanharia as
reações deles com o que estavam ouvindo. Acho que isso tornaria o relato mais
humanizado e emocionante.
De modo geral, o clima da história
é bem pesado. No entanto, Kazienko soube trilhar um caminho para quebrar um
pouco a densidade do livro. Os dois irmãos sofrem muito durante a saga para
encontrar o tio, mas também encontram pelo caminho pessoas acolhedoras. Em
alguns momentos, é possível esquecer aquele contexto de guerra e embarcar nas aventuras dos personagens.
O ritmo do livro também é algo que vale a
pena destacar. O autor traz muita
história. Que adrenalina! Outro ponto positivo é a divisão dos capítulos. É
que eles têm vida própria, ou seja, apresentam início, meio e fim, delimitando
os acontecimentos que formam o todo da obra. Isso facilita bastante a vida do
leitor, que pode dividir a leitura em blocos para absorver a história
aos poucos.
Agora, vamos falar sobre os aspectos
negativos. Primeiramente, o livro merece uma revisão, pois há erros graves de
português. Além disso, o texto tem frases e parágrafos muito longos e o autor
abusa das vírgulas – eu sou apaixonado por ponto final e orações curtas, pois fazem
a leitura fluir melhor.
No mais, achei o mergulho
maravilhoso. Deem uma chance ao livro de Kazienko e à literatura nacional. Até
a próxima!
Gostei da dica Ygo. Aprecio tramas que retratem a Segunda Guerra Mundial, mas é uma pena que a revisão do livro tenha deixado a desejar. Abraço!
ResponderExcluirwww.newsnessa.com
Olá, Vanessa.
ExcluirEu recomendo a leitura. Só precisa mesmo de uma revisão para deixar o livro mais redondinho. Abraço!