Olá, mergulhadores!
Vamos continuar? Hoje nós temos a segunda parte da série especial sobre o livro Olga. Para ler a primeira parte, clique aqui.
O
livro começa mostrando os primeiros passos da personagem-título na caminhada em
prol do comunismo. Nascida em Munique, filha de Eugénie Gutmann Benario, dama
da alta sociedade, e de Leo Benario, advogado social-democrata, Olga se
desligou da vida burguesa e entrou pela primeira vez em uma organização
comunista aos 15 anos de idade. Seu destino começou a ser traçado quando foi convocada
para a sua primeira missão: uma colagem clandestina de cartazes.
Olga
conheceu o escritor Otto Braun e os dois tiveram um relacionamento. Algum tempo
depois, ele seria preso em Moabit, por “alta traição à pátria”, enquanto ela
teria o seu nome estampado em uma edição extra do diário Berliner Zeitung am Mittag, após comandar a operação que libertou
seu companheiro. O fato foi descrito pelo jornal como uma “ousada cena de
faroeste”.
Cada
vez mais envolvida na luta pela revolução proletária, Olga deixou seu
relacionamento com Otto em segundo plano, até que um dia rompeu o compromisso.
Foi eleita para o Comitê Central da Juventude Comunista Internacional e
posteriormente ingressou em cursos paramilitares na URSS. A coragem e a ousadia
colocaram-na diante do brasileiro Luís Carlos Prestes, o “cavaleiro da
esperança”.
O
líder da “Coluna Prestes”, que comandou um exército por 25 mil quilômetros
durante o movimento de oposição à República Velha, retornaria ao Brasil depois
de alguns anos em Moscou, na tentativa de promover uma insurreição popular em
seu país. Diante disso, Dmitri Manuilski, secretário do Comintern (Internacional
Comunista), convocou Olga para cuidar da sua segurança durante a viagem.
O
governo de Getúlio Vargas estava empenhado em capturar o “cavaleiro da
esperança”. Então, Olga e Prestes se passaram por um casal em lua-de-mel para
despistá-lo. Havia um sentimento de admiração mútua entre eles e essa proximidade
culminou em um romance em meio à conspiração dos comunistas. Porém, a rebelião
de 1935 foi um fiasco e ambos foram capturados pelo chefe da polícia política,
Filinto Müller. Àquela altura, Olga estava grávida quando a separaram de
Prestes. Sua filha seria arrancada de seus braços logo após o período de
amamentação.
Na
prisão, Olga tomou conhecimento de que as forças militares da Alemanha nazista
já ocupavam vários países da Europa. Ela resistiu bravamente às sessões de
tortura e permaneceu em silêncio quando questionada sobre os planos dos
comunistas. Lutou até o último instante, mas o retorno ao seu país de origem,
dominado por Adolf Hitler, foi inevitável. Em 1942, Olga foi executada em uma
câmara de gás, em Bernburg.
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