sexta-feira, 7 de setembro de 2018

#Resenha: "A aventura do pudim de Natal"

Olá, mergulhadores!

No post de hoje, venho falar sobre o livro A aventura do pudim de Natal, de Agatha Christie. São seis contos de mistério. Obviamente, todos com o selo de qualidade da “Rainha do Crime”. Confiram!



Título: A aventura do pudim de Natal

Autor(a): Agatha Christie

Ano de lançamento: 2012*

Editora: L&PM Pocket

Nº de páginas: 272


1. A aventura do pudim de Natal


O detetive Hercule Poirot é solicitado para investigar o caso do desaparecimento de um rubi. A joia pertencia a um príncipe, que tinha a intenção de abafar o escândalo. Dias antes do Natal, Poirot chega a uma casa de campo na Inglaterra para passar as festas de fim de ano. As crianças resolvem preparar um “trote de Natal” para o convidado, simulando a cena de um crime.

Poirot já estava intrigado por causa de um bilhete anônimo, que o alertava para não comer o pudim de passas que seria servido na ceia. Ele então se aproveitou da ingenuidade das crianças e usou a brincadeira como um mecanismo para solucionar o caso do rubi desaparecido.

A trama é bem simples, mas Agatha Christie conseguiu transformá-la em um mistério gostoso de ler. A história consiste, basicamente, em personagens querendo pregar peças uns nos outros. As crianças tentam enganar Poirot, que revida e acaba enganando também os leitores. Um Natal divertidíssimo!

2. O mistério do baú espanhol


Saiu uma matéria no jornal com a seguinte manchete: MISTÉRIO DO BAÚ ESPANHOL. ÚLTIMOS DETALHES. Hercule Poirot logo se interessou pelo caso, que se tratava do assassinato de Arnold Clayton.

Seis pessoas estavam em uma festa, à noite, numa sala com um grande baú espanhol encostado na parede. No dia seguinte, o mordomo encontrou o tapete manchado de sangue e foi observar de onde vinha aquele líquido vermelho. Constatou, então, que saía de dentro do baú. Em pouco tempo, o caso estava nas mãos de Poirot, a pedido da viúva Margharita Clayton, que solicitou o trabalho do detetive para descobrir quem havia assassinado o marido dela.

Esse é um modelo tradicional das histórias de Agatha Christie. O mistério é bem maior do que o do primeiro conto. Mas, como se trata de uma história curta, tudo é mais objetivo, embora o enredo pudesse render um livro maravilhoso. A autora lançou todas as pistas, no entanto, só consegui captar algumas partes soltas.

3. O reprimido


Quando o Sr. Reuben Astwell é assassinado em sua casa, o detetive Hercule Poirot entra em ação para solucionar o crime. Apesar de a polícia já ter prendido o jovem Charles Leverson, sobrinho da vítima e um dos principais suspeitos, a perspicácia de Poirot dizia que aquele não parecia ser o fim do mistério. Com o seu jeito peculiar de investigar e de analisar o comportamento humano, o detetive descobre que muitas pessoas que rodeavam Reuben Astwell tinham interesse em vê-lo morto.

O conto começa com o depoimento de uma das testemunhas e, aos poucos, o leitor vai se situando sobre o crime ocorrido. Como sempre, a lista de suspeitos vai crescendo a cada página. O ponto forte foram os personagens explosivos, intensos. Como quase todos eles são parentes, a tensão se tornava ainda maior. Agatha Christie desenvolveu os conflitos familiares com maestria.

4. O caso das amoras pretas


O detetive Hercule Poirot jantava com seu amigo Henry Bonnington em um restaurante. A garçonete era uma jovem simpática, que sabia o nome das pessoas que visitavam o lugar e o que gostavam de comer.

Foi por meio dela que Poirot tomou conhecimento da existência de um sujeito que ia ao restaurante às terças e quintas, e sempre fazia o mesmo pedido — exceto uma vez, quando pediu amoras pretas, que ele detestava. O detetive achou a história curiosa e quis conhecer aquele homem. Sua intuição estava certa. Por trás da quebra daquela rotina, havia uma pessoa capaz de tudo por dinheiro.

É incrível como a autora consegue criar uma história cheia de suspense a partir de uma coisa tão simples. E o melhor: o faz em pouco mais de dez páginas. Esse conto é um exemplo que se encaixa no ditado “onde há fumaça...”. Poirot mostrou novamente a sua capacidade de observação para desvendar um crime. Parecia sentir o cheiro de sangue no ar. Um mestre!

5. O sonho


Após receber uma carta, o detetive Hercule Poirot foi até a casa do Sr. Benedict Farley, um homem muito esquisito. Chegando lá, foi surpreendido por um pedido inusitado: dar a sua opinião a respeito de um sonho. Segundo o Sr. Farley, todas as noites ele sonhava que estava em sua sala, pegava um revólver na gaveta da escrivaninha, dirigia-se à janela e atirava em si mesmo.

Poirot não soube o que dizer, pois nunca tinha sido chamado para interpretar sonhos. O Sr. Farley ficou irritado e mandou o detetive ir embora. Dias depois, o sujeito apareceu morto, exatamente como no seu sonho, e Poirot foi chamado outra vez para desvendar o caso.

Agatha Christie adora matar os velhos rabugentos, mas o interessante é que nunca deixa de ser original. Levantei hipóteses mirabolantes para a solução do mistério, imaginando que a autora quebraria as “regras” dos romances policiais. Pois bem, na verdade, ela seguiu o estilo dela e deixou as pistas no início do conto, em um diálogo que não parecia ser importante.

6. A extravagância de Greenshaw


Horace Bindler e Raymond West são amigos e estão passando por um lugar onde fica uma casa enorme, construída no século XIX, conhecida como a “Extravagância de Greenshaw”. Depois de apreciarem o sinistro casarão, Horace e Raymond tiveram a oportunidade de conhecer a atual moradora, a senhorita Greenshaw, que viria a ser assassinada com uma flecha na jugular, dias mais tarde. A sagaz Miss Marple, tia de Raymond, se encarregou de revelar a identidade do assassino.

Esse é o único conto do livro com a Miss Marple, que é tão esperta quanto o detetive Poirot. Achei o início um tanto difícil de entender, mas logo entrei no clima do enredo. Também não descobri quem era o culpado, mas desconfiei do método utilizado por ele, que me lembrou de outro livro da “Rainha do Crime”.

* Publicado originalmente em 1960.

E aí, já leram A aventura do pudim de Natal? De qual conto vocês mais gostaram? Deixem comentários!

2 comentários:

  1. Que interessante! Já tinha ouvido falar nesse livro, mas não sabia que era um livro de contos. Eu gosto muito da escrita da autora e com certeza deve ser mais uma obra sensacional!
    Beijos,
    Monólogo de Julieta

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    Respostas
    1. Olá, Paloma.
      Pois é! Eu só descobri que era um livro de contos depois de ter comprado.
      Recomendo demais.
      Beijos!

      Excluir

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