Olá, mergulhadores!
No post de hoje, venho falar sobre o livro A aventura do pudim de Natal, de Agatha Christie. São seis contos de mistério. Obviamente, todos com o selo de qualidade da “Rainha do Crime”. Confiram!
Autor(a): Agatha Christie
Ano de lançamento: 2012*
Editora: L&PM Pocket
Nº de páginas: 272
1. A aventura do pudim de Natal
O
detetive Hercule Poirot é solicitado para investigar o caso do desaparecimento
de um rubi. A joia pertencia a um príncipe, que tinha a intenção de abafar o
escândalo. Dias antes do Natal,
Poirot chega a uma casa de campo na Inglaterra para passar as festas de fim de
ano. As crianças resolvem preparar um “trote de Natal” para o convidado,
simulando a cena de um crime.
Poirot
já estava intrigado por causa de um bilhete anônimo, que o alertava para não
comer o pudim de passas que seria servido na ceia. Ele então se aproveitou da
ingenuidade das crianças e usou a brincadeira como um mecanismo para solucionar
o caso do rubi desaparecido.
A
trama é bem simples, mas Agatha Christie conseguiu transformá-la em um mistério
gostoso de ler. A história consiste, basicamente, em personagens querendo
pregar peças uns nos outros. As crianças tentam enganar Poirot, que revida e
acaba enganando também os leitores. Um Natal divertidíssimo!
2. O mistério do baú espanhol
Saiu
uma matéria no jornal com a seguinte manchete: MISTÉRIO DO BAÚ ESPANHOL.
ÚLTIMOS DETALHES. Hercule Poirot logo se interessou pelo caso, que se tratava
do assassinato de Arnold Clayton.
Seis
pessoas estavam em uma festa, à noite, numa sala com um grande baú espanhol
encostado na parede. No dia seguinte, o mordomo encontrou o tapete manchado de
sangue e foi observar de onde vinha aquele líquido vermelho. Constatou, então,
que saía de dentro do baú.
Em pouco tempo, o caso estava nas mãos de Poirot, a pedido da viúva Margharita
Clayton, que solicitou o trabalho do detetive para descobrir quem havia
assassinado o marido dela.
Esse
é um modelo tradicional das histórias de Agatha Christie. O mistério é bem
maior do que o do primeiro conto. Mas, como se trata de uma história curta,
tudo é mais objetivo, embora o enredo pudesse render um livro maravilhoso. A
autora lançou todas as pistas, no entanto, só consegui captar algumas partes
soltas.
3. O reprimido
Quando
o Sr. Reuben Astwell é assassinado em sua casa, o detetive Hercule Poirot entra
em ação para solucionar o crime. Apesar de a polícia já ter prendido o jovem
Charles Leverson, sobrinho da vítima e um dos principais suspeitos, a
perspicácia de Poirot dizia que aquele não parecia ser o fim do mistério. Com o
seu jeito peculiar de investigar e de analisar o comportamento humano, o
detetive descobre que muitas pessoas que rodeavam Reuben Astwell tinham
interesse em vê-lo morto.
O
conto começa com o depoimento de uma das testemunhas e, aos poucos, o leitor
vai se situando sobre o crime ocorrido. Como sempre, a lista de suspeitos vai
crescendo a cada página. O ponto forte foram os personagens explosivos,
intensos. Como quase todos eles são parentes, a tensão se tornava ainda maior.
Agatha Christie desenvolveu os conflitos familiares com maestria.
4. O caso das amoras pretas
O
detetive Hercule Poirot jantava com seu amigo Henry Bonnington em um
restaurante. A
garçonete era uma jovem simpática, que sabia o nome das pessoas que
visitavam o lugar e o que gostavam de comer.
Foi
por meio dela que Poirot tomou conhecimento da existência de um sujeito que ia
ao restaurante às terças e quintas, e sempre fazia o mesmo pedido — exceto uma
vez, quando pediu amoras pretas, que ele detestava. O detetive achou a história
curiosa e quis conhecer aquele homem. Sua intuição estava certa. Por trás da
quebra daquela rotina, havia uma pessoa capaz de tudo por dinheiro.
É
incrível como a autora consegue criar uma história cheia de suspense a partir
de uma coisa tão simples. E o melhor: o faz em pouco mais de dez páginas. Esse
conto é um exemplo que se encaixa no ditado “onde há fumaça...”. Poirot mostrou
novamente a sua capacidade de observação para desvendar um crime. Parecia
sentir o cheiro de sangue no ar. Um
mestre!
5. O sonho
Após
receber uma carta, o detetive Hercule Poirot foi até a casa do Sr. Benedict
Farley, um homem muito esquisito. Chegando lá, foi surpreendido por um pedido
inusitado: dar a sua opinião a respeito de um sonho. Segundo o Sr. Farley,
todas as noites ele sonhava que estava em sua sala, pegava um revólver na
gaveta da escrivaninha, dirigia-se à janela e atirava em si mesmo.
Poirot
não soube o que dizer, pois nunca tinha sido chamado para interpretar sonhos. O
Sr. Farley ficou irritado e mandou o detetive ir embora. Dias depois, o sujeito
apareceu morto, exatamente como no seu sonho, e Poirot foi chamado outra vez
para desvendar o caso.
Agatha
Christie adora matar os velhos rabugentos, mas o interessante é que nunca deixa
de ser original. Levantei hipóteses mirabolantes para a solução do mistério,
imaginando que a autora quebraria as “regras” dos romances policiais. Pois bem,
na verdade, ela seguiu o estilo dela e deixou as pistas no início do conto, em
um diálogo que não parecia ser importante.
6. A extravagância de Greenshaw
Horace
Bindler e Raymond West são amigos e estão passando por um lugar onde fica uma
casa enorme, construída no século
XIX, conhecida como a “Extravagância de Greenshaw”. Depois de apreciarem o
sinistro casarão, Horace e Raymond tiveram a oportunidade de conhecer a atual
moradora, a senhorita Greenshaw, que viria a ser assassinada com uma flecha na
jugular, dias mais tarde. A sagaz Miss Marple, tia de Raymond, se encarregou de
revelar a identidade do assassino.
Esse
é o único conto do livro
com a Miss Marple, que é tão esperta quanto o detetive Poirot. Achei o
início um tanto difícil de entender, mas logo entrei no clima do enredo. Também
não descobri quem era o culpado, mas desconfiei do método utilizado por ele,
que me lembrou de outro livro da “Rainha do Crime”.
*
Publicado originalmente em 1960.
E
aí, já leram A aventura do pudim de Natal?
De qual conto vocês mais gostaram? Deixem comentários!
Que interessante! Já tinha ouvido falar nesse livro, mas não sabia que era um livro de contos. Eu gosto muito da escrita da autora e com certeza deve ser mais uma obra sensacional!
ResponderExcluirBeijos,
Monólogo de Julieta
Olá, Paloma.
ExcluirPois é! Eu só descobri que era um livro de contos depois de ter comprado.
Recomendo demais.
Beijos!