Olá, mergulhadores!
O post de hoje é uma entrevista com Baltazar de Andrade, um dos autores do livro Três dedos de morte.
Nome completo – Baltazar de Andrade
O post de hoje é uma entrevista com Baltazar de Andrade, um dos autores do livro Três dedos de morte.
Nome completo – Baltazar de Andrade
Data de
nascimento – 02/03/93
Naturalidade –
Curitiba/PR
Grau de
formação – Nível superior (cursando)
Profissão –
Escritor/Segurança
Mergulhando Na Leitura: Em poucas linhas, apresente-se aos leitores do blog.
Baltazar de Andrade: Sou
um autor meia-boca falido, acho que não há mais nada a se dizer sobre isso, a
não ser que você tenha um divã, acho que preciso de terapia.
MNL: Quando você começou a escrever? Como as pessoas ao
seu redor reagiram? Elas te incentivaram?
BA: Eu
comecei a rabiscar o papel aos 10 anos, pra começar nos concursos de poesia aos
12, depois fui evoluindo e tentando escrever romances, mas só tentando mesmo.
Meu primeiro livro saiu em 2014, Metamorfose
– O Inimigo Nas Sombras, ficção científica, com uma maturidade razoável.
Não tive muito incentivo. Meu pai, apesar de ser um devorador de livros, sempre
fez questão de me deixar com os pés no chão e estourar cada balão de esperança
quanto a alguma carreira literária. Mas sou teimoso, então continuo escrevendo,
apesar de até hoje meu pai ainda ter razão.
MNL: Por que decidiu escrever sobre a morte?
BA: Foi
um consenso entre amigos, o Samuel Cardeal, Alec Silva e eu. Foi nosso primeiro
e-book em conjunto, trabalhamos bem juntos e eles são autores fantásticos.
Quando as conversas descambaram para o assunto do e-book, a morte surgiu entre tantos outros tópicos.
MNL: Por que optou pela prosa em versos para desenvolver o
conto O Viajante?
BA: O
primeiro canto do O Viajante já
estava pronto a mais de 6 anos, foi um projeto lá do início da minha caminhada
como escritor. Quando me propus a escrever para o Três Dedos de Morte resgatei esse trabalho e o completei, por achar
que a forma diferente desse trabalho combinasse com o e-book.
"Foi um projeto lá do início da minha caminhada como escritor", diz Baltazar. |
MNL: Esta escolha dificultou o trabalho ou não interferiu muito na
criação?
BA: Como
disse, já estava metade concluído, então terminá-lo foi relativamente fácil, o
quão fácil o processo criativo pode ser.
MNL: Quais as vantagens e as desvantagens de publicar um e-book?
BA: Creio
que para o autor independente é a melhor maneira de se fazer conhecido e
angariar leitores, o ruim é saber a maneira certa de divulgar e fazer o
marketing. Já vi autores fazendo spam
do seu trabalho na divulgação de outros autores, isso só mata as chances de
alguém ler seus trabalhos.
MNL: Os leitores estão aceitando com mais facilidade as
obras nacionais? Como você enxerga o atual cenário da literatura nacional?
BA: Engraçado
isso, você consideraria a explosão de livros de youtubers, que em sua grande maioria são carentes de conteúdo, como
verdadeira literatura? Se sim, temos um grande aumento no consumo de literatura
nacional, embora seja de baixa qualidade. Vendo por esse ângulo, o cenário
chega a ser assustador. Agora, no meio independente, temos mais leitores do que
tínhamos um ano atrás, ou dois. As editoras pequenas também estão surpreendendo
com obras magníficas, enquanto as grandes ficam rodando em volta de pessoas
famosas, mas que não levam o melhor jeito com a escrita, superfaturando livros
rasos e e-books. E venhamos e
convenhamos, superfaturando o e-book,
essas grandes editoras estão matando suas chances no mercado digital, que só
tende a crescer.
MNL: Como é o seu processo de escrita? Você segue algum
ritual para escrever?
BA: É
lento, terrivelmente lento. Eu escrevo em picos, tem dias em que termino quatro
ou cinco páginas, e outros em que mal escrevo um parágrafo. O único ritual que
sigo é beber uma dose de conhaque pra me manter acordado quando estou num pico
muito alto, em que passo horas escrevendo.
MNL: Se você encontrasse o ceifeiro na sua frente, o que
diria a ele?
BA: Espera
só eu terminar essa cerveja?
MNL: Quais são os escritores que te inspiram?
BA: Eu
não diria me inspirar em ninguém, nem sou bom o suficiente para assumir
qualquer inspiração. Mas se perguntar quais eu admiro, a lista é enorme: Nanuka
Andrade, Felipe Castilho, Walter Tierno, Giulia Moon, Alfer Medeiros… E vamos
passar alguns dias aqui se eu continuar, então me desculpem os que eu não
citei.
MNL: Baltazar, muito obrigado pela entrevista. Agora, eu
gostaria que você deixasse uma mensagem aos leitores do blog.
BA: Eu poderia estar matando, roubando, me
prostituindo… mas hoje é minha folga, então estou escrevendo pra vocês. Leiam,
comentem, xinguem e joguem tomates se eles estiverem baratos. Constantemente
tenho um ou outro e-book gratuito,
mas se quiserem colaborar com o trocado pra cerveja, estão todos a preço de
banana, a menos que seja na Tchecoslováquia, a banana é cara na
Tchecoslováquia.
Mergulho
Rápido:
MNL: Uma
palavra...
BA: Pneumoultramicroscopicovulcâniconiótico!
MNL: Alguém
especial...
BA: Minha
filha!
MNL: Um
lugar...
BA: O papelão
aconchegante na sala de descanso do trabalho!
MNL: Uma música…
BA: Geni e o Zepelim, Chico Buarque!
MNL: Um
livro...
BA: Anardeus – No
Calor da Destruição, Walter Tierno!
MNL: Um
sonho...
BA: De
nata, coberto com muito açúcar!
MNL: Morte...
BA: Longe
de mim!
MNL: Deus...
BA: Não
discuto religião e nem matemática financeira aplicada!
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