quarta-feira, 11 de maio de 2016

Entrevista com Baltazar de Andrade

Olá, mergulhadores! 

O post de hoje é uma entrevista com Baltazar de Andrade, um dos autores do livro Três dedos de morte



Nome completo – Baltazar de Andrade

Data de nascimento – 02/03/93

Naturalidade – Curitiba/PR

Grau de formação – Nível superior (cursando)

Profissão – Escritor/Segurança





Mergulhando Na Leitura: Em poucas linhas, apresente-se aos leitores do blog.
Baltazar de Andrade: Sou um autor meia-boca falido, acho que não há mais nada a se dizer sobre isso, a não ser que você tenha um divã, acho que preciso de terapia.

MNL: Quando você começou a escrever? Como as pessoas ao seu redor reagiram? Elas te incentivaram?
BA: Eu comecei a rabiscar o papel aos 10 anos, pra começar nos concursos de poesia aos 12, depois fui evoluindo e tentando escrever romances, mas só tentando mesmo. Meu primeiro livro saiu em 2014, Metamorfose – O Inimigo Nas Sombras, ficção científica, com uma maturidade razoável. Não tive muito incentivo. Meu pai, apesar de ser um devorador de livros, sempre fez questão de me deixar com os pés no chão e estourar cada balão de esperança quanto a alguma carreira literária. Mas sou teimoso, então continuo escrevendo, apesar de até hoje meu pai ainda ter razão.

MNL: Por que decidiu escrever sobre a morte?
BA: Foi um consenso entre amigos, o Samuel Cardeal, Alec Silva e eu. Foi nosso primeiro e-book em conjunto, trabalhamos bem juntos e eles são autores fantásticos. Quando as conversas descambaram para o assunto do e-book, a morte surgiu entre tantos outros tópicos.

MNL: Por que optou pela prosa em versos para desenvolver o conto O Viajante?
BA: O primeiro canto do O Viajante já estava pronto a mais de 6 anos, foi um projeto lá do início da minha caminhada como escritor. Quando me propus a escrever para o Três Dedos de Morte resgatei esse trabalho e o completei, por achar que a forma diferente desse trabalho combinasse com o e-book.

"Foi um projeto lá do início da minha
caminhada como escritor", diz Baltazar.

MNL: Esta escolha dificultou o trabalho ou não interferiu muito na criação?
BA: Como disse, já estava metade concluído, então terminá-lo foi relativamente fácil, o quão fácil o processo criativo pode ser.

MNL: Quais as vantagens e as desvantagens de publicar um e-book?
BA: Creio que para o autor independente é a melhor maneira de se fazer conhecido e angariar leitores, o ruim é saber a maneira certa de divulgar e fazer o marketing. Já vi autores fazendo spam do seu trabalho na divulgação de outros autores, isso só mata as chances de alguém ler seus trabalhos.

MNL: Os leitores estão aceitando com mais facilidade as obras nacionais? Como você enxerga o atual cenário da literatura nacional?
BA: Engraçado isso, você consideraria a explosão de livros de youtubers, que em sua grande maioria são carentes de conteúdo, como verdadeira literatura? Se sim, temos um grande aumento no consumo de literatura nacional, embora seja de baixa qualidade. Vendo por esse ângulo, o cenário chega a ser assustador. Agora, no meio independente, temos mais leitores do que tínhamos um ano atrás, ou dois. As editoras pequenas também estão surpreendendo com obras magníficas, enquanto as grandes ficam rodando em volta de pessoas famosas, mas que não levam o melhor jeito com a escrita, superfaturando livros rasos e e-books. E venhamos e convenhamos, superfaturando o e-book, essas grandes editoras estão matando suas chances no mercado digital, que só tende a crescer.

MNL: Como é o seu processo de escrita? Você segue algum ritual para escrever?
BA: É lento, terrivelmente lento. Eu escrevo em picos, tem dias em que termino quatro ou cinco páginas, e outros em que mal escrevo um parágrafo. O único ritual que sigo é beber uma dose de conhaque pra me manter acordado quando estou num pico muito alto, em que passo horas escrevendo.

MNL: Se você encontrasse o ceifeiro na sua frente, o que diria a ele?
BA: Espera só eu terminar essa cerveja?

MNL: Quais são os escritores que te inspiram?
BA: Eu não diria me inspirar em ninguém, nem sou bom o suficiente para assumir qualquer inspiração. Mas se perguntar quais eu admiro, a lista é enorme: Nanuka Andrade, Felipe Castilho, Walter Tierno, Giulia Moon, Alfer Medeiros… E vamos passar alguns dias aqui se eu continuar, então me desculpem os que eu não citei.

MNL: Baltazar, muito obrigado pela entrevista. Agora, eu gostaria que você deixasse uma mensagem aos leitores do blog.
BA: Eu poderia estar matando, roubando, me prostituindo… mas hoje é minha folga, então estou escrevendo pra vocês. Leiam, comentem, xinguem e joguem tomates se eles estiverem baratos. Constantemente tenho um ou outro e-book gratuito, mas se quiserem colaborar com o trocado pra cerveja, estão todos a preço de banana, a menos que seja na Tchecoslováquia, a banana é cara na Tchecoslováquia.

Mergulho Rápido:

MNL: Uma palavra...
BA: Pneumoultramicroscopicovulcâniconiótico!
MNL: Alguém especial...  
BA: Minha filha!
MNL: Um lugar...             
BA: O papelão aconchegante na sala de descanso do trabalho!
MNL: Uma música…       
BA: Geni e o Zepelim, Chico Buarque!
MNL: Um livro...              
BA: Anardeus – No Calor da Destruição, Walter Tierno!
MNL: Um sonho...         
BA: De nata, coberto com muito açúcar!
MNL: Morte...                
BA: Longe de mim!
MNL: Deus...                  
BA: Não discuto religião e nem matemática financeira aplicada!


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