Título: Entre família
Autor(a):
Rosângela
R. Seixas
Ano
de lançamento: 2017
Editora:
(independente)
Nº
de páginas: 104
*e-book enviado pela autora.
# A história
Para
começar a falar do livro Entre família, eu escolhi um trecho
de uma composição de Paulinho Moska e Zélia Duncan: “Quem se
diz muito perfeito, na certa, encontrou um jeito insosso pra não ser
de carne e osso”.
Que
atire a primeira pedra quem tem uma família tão perfeita quanto a
de um comercial de margarina. Dilemas, segredos e problemas fazem
parte de qualquer estrutura familiar, e o trio Carina, Natália e
Caio não foge à regra. Esses três irmãos são sobreviventes
de uma família que vive entre tapas e beijos.
Caio
carrega a dor do preconceito que sofre da própria mãe, mas não
deixa a peteca cair. Natália encara os obstáculos da vida com garra
e bom humor, pois não gosta de passar recibo de sofredora. A caçula
Carina, parecida com os irmãos quanto ao modo de lidar com as dores,
se vê perdida ao constatar que é apaixonada por Théo, seu amigo de
infância.
Será
que os laços de sangue falam mais alto diante das maiores
dificuldades? Depois de tantos desencontros, ainda há salvação
para essa família? O destino reserva muitas surpresas.
#
Opinião
Dramas
cotidianos, discussões em casa, emoções à flor da pele…
Impossível não associar o livro de Rosângela R. Seixas ao programa
Casos de Família, do SBT. Mas eu digo isso apenas por causa
do assunto central da obra. Não existe apelação para a baixaria.
Na medida do possível, tudo se desenvolve com sutileza.
A
partir da segunda metade da história, comecei a me questionar até
que ponto aquela leveza se estenderia. Senti falta de conflitos mais
consistentes entre os personagens, algo que me fizesse sofrer ou
vibrar junto. Passei muitas páginas à espera de uma grande
reviravolta que, infelizmente, não aconteceu.
Os
primeiros
capítulos de Entre família foram animadores, pois o
enredo se mostrou promissor. Parecia que Carina assumiria o posto de
protagonista em algum momento. Foi a aposta que eu fiz ao perceber a
química que ela tinha com Théo. Porém, o romance acabou perdendo
terreno para situações desinteressantes.
A
meu ver, a maior falha foi a autora não ter definido um foco.
Entendi que a intenção não era evidenciar os dramas de um único
personagem ou de um casal. Uma pena, já que alguns deles poderiam
ganhar mais asas. Rosângela escolheu conduzir as tramas
simultaneamente, o que não a permitiu aprofundar nenhuma.
Essa
questão me fez refletir sobre a estrutura do livro. Cairia bem uma
divisão em três partes, por exemplo, para cada filho ter a sua vez
de falar. Assim, a gente conseguiria absorver melhor os
acontecimentos e os sentimentos dos personagens envolvidos (como
ocorre em Extraordinário,
de R. J. Palacio).
Por
último, outro aspecto que me incomodou foi a falta de uma revisão
apurada do texto. Essa etapa de produção serviria para corrigir uma
série de erros que eu notei no decorrer da leitura.
Gostaram
da minha resenha de Entre família? Comentem!
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