Olá, mergulhadores!
No dia 28 de novembro de 2025, estive no lançamento do livro Aracaty, 1862: Cólera-morbo, de Antero Pereira Filho, uma das personalidades mais ilustres da cidade de Aracati/CE. Acompanhem como foi o evento e saibam um pouco sobre a obra!
*créditos nas imagens
“Isso é um verdadeiro acontecimento”, expressou o memorialista e escritor Antero Pereira Filho diante de uma plateia que lotou o histórico Teatro Francisca Clotilde em plena noite de sexta-feira para prestigiar o lançamento de Aracaty, 1862: Cólera-morbo, seu mais recente livro.
Tive a honra de receber em mãos o convite para vivenciar esse momento sublime organizado pelo Grupo Lua Cheia de Teatro, do qual fiz parte no ano de 2005 para uma nova montagem do espetáculo de teatro de bonecos O boi e o burro no caminho de Belém (1953, texto de Maria Clara Machado). Por esse e outros motivos, não poderia deixar de comparecer.
O evento teve início com a intervenção artística Grafia de Vozes, do poeta Marciano Ponciano, que também esteve em cena ao lado das atrizes Regina Oliveira e Silvanise Ponciano. Os três emocionaram na leitura dramática de trechos da obra, cada um a seu modo. Ao final da apresentação, Antero subiu ao palco para agradecer e falar sobre o processo de pesquisa e produção do livro.
Segundo o autor, Aracaty, 1862: Cólera-morbo começou a engatinhar nos anos 1990 a partir do seu desejo de reconstituir um fato histórico dramático, mas esquecido, que impactou de forma imensurável a população aracatiense na segunda metade do século XIX. Décadas depois, ele contou com o apoio de Marciano na organização do extenso material coletado de jornais e relatos oficiais da época — tudo registrado à mão e em máquinas de datilografia — para nos brindar com essa narrativa que revisita o passado e mantém viva a história do município.
Em sua fala, Antero destacou também que é possível traçar um paralelo entre a epidemia que assolou a região naquele período, especialmente marcado por condições sanitárias precárias, e a pandemia de covid-19. As semelhanças incluem o medo e a incerteza inicial perante uma ameaça desconhecida, o sensacionalismo da imprensa, o desconhecimento sobre formas adequadas de tratamento, a falta de estrutura para tratar os doentes, o negacionismo de uma parcela da população, os sepultamentos coletivos, entre outras.
Após calorosos e merecidos aplausos do público presente, chegou o momento de nos dirigirmos à área externa do Francisca Clotilde para a sessão de autógrafos dos exemplares adquiridos previamente na portaria do teatro. Aproveitei a ocasião e levei outro livro de Antero que tenho na estante, Aracati era assim… (2024), mas que até então estava sem dedicatória. Não sou bobo, né?!
Foi muito especial acompanhar o lançamento do livro Aracaty, 1862: Cólera-morbo, uma oportunidade única para nós, filhos da Terra dos Bons Ventos, conhecermos melhor a nossa própria história. Acredito que vou gostar bastante de mergulhar nessa leitura.
Ficha técnica:
Título: Aracaty, 1862: Cólera-morbo
Autor: Antero Pereira Filho
Editora: Selo Terra Aracatiense
Ano de lançamento: 2025
Nº de páginas: 249
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