quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O surfista e o poeta


O poeta surta mesmo é quando tudo está bem. Isso porque os seus melhores versos surgem no intervalo entre uma lágrima e outra. Se tudo está no seu devido lugar e não há nenhuma dor inspiradora, ele acaba não tendo o que escrever.

Não existe algo pior para um poeta do que não expressar através de versos os seus sentimentos e a sua visão de mundo. É como se o surfista largasse a sua prancha na dispensa e deixasse de ir à praia.

O poeta se parece com o surfista em vários aspectos, pois diante das ondas mais gigantescas que ele consegue maior destaque. E as ondas do poeta são os seus medos, suas desilusões, suas perdas. Já a sua prancha são os seus blocos de papel.

As ondas precisam favorecer o surfista, assim como a imaginação precisa favorecer o poeta. O surfista espera a melhor onda chegar, enquanto o poeta espera a dor para começar os seus rabiscos.

O poeta é um louco que necessita do sofrimento para sobreviver de versos. Na verdade todo poeta é masoquista e não há nada de errado nisso.

6 comentários:

  1. Eu sumo, mas sempre estou por aki, vendo seus escritos q acada dia fica mais maduro, melhor,
    Eu gosto dos teus textos, e acredito q voce vai ter mt sucesso na profissao, afinal as palavras estao em voce.

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  2. Gostei bastante da maneira como escreves os teus textos, como este post. Acho que terás futuro nessa profissão (jornalista), pois vê-se que sabes conjugar bem as palavras. Mas boa sorte da mesma ;)

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  3. Ygo, amigão de letras... você soube descrever o que acontece com os poetas
    e suas poesias: ora terna, ora irônica, ora agressiva, ora noticia fria
    ora paixão, ilusão, sonhos e denuncias...poesias e suas possibilidades
    Ygo, forte abraço, obrigado por sua atenção. Você também é poeta!

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