segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Entrevista com Márcio de Lima

Acompanhem a entrevista com o educador físico aracatiense Márcio de Lima.

Nome completo – Márcio de Lima Silva


Data de nascimento – 15/10/1985


Naturalidade – Aracati - CE


Grau de formação – Professor especialista em Educação Física Escolar


Profissão – Educador Físico 



Mergulhando Na Leitura: Márcio, você hoje é um profissional da área de Educação Física, reconhecido pelo trabalho realizado na cidade de Aracati e que contribui bastante na formação de vários atletas. Como surgiu esse desejo de trabalhar com o esporte?
Márcio de Lima: No começo, eu tinha um grande desejo de trabalhar em bancos, ou algo parecido. Porém, o esporte entrou na minha vida aos 13 anos, (ainda estudava nas Salesianas) quando havia os Jogos da Semana da Criança e fiquei responsável por uma equipe de vôlei. Dali em diante, o gosto foi crescendo e cada vez mais o espírito de liderança tomava conta de mim. Aos 15 anos, cheguei à conclusão de que realmente era aquilo que eu queria para a minha vida.

MNL: Você concluiu os estudos (ensino médio) no Instituto São José e lá mesmo já exercia o papel de treinador e comandava uma escolinha de vôlei. Qual a importância daquela experiência para o seu amadurecimento pessoal e profissional?
ML: Eu agradeço muito a oportunidade que tive de poder comandar as equipes em alguns torneios da cidade. Isso contribuiu muito para a minha evolução, porque eu estava confrontando os melhores treinadores da cidade, até então. O período que passei no ISJ foi de grande importância, pois consegui estimular muitas pessoas a praticar o vôlei (que estava meio devagar naquela época). De fato, entre as coisas mais importantes, estão as amizades que prevalecem até hoje.

MNL: Muitas pessoas não conseguem conquistar os seus objetivos e tentam nos atrapalhar através de críticas. Porém, nós sabemos que existem aquelas que torcem verdadeiramente pelo nosso sucesso. Quais os seus maiores incentivadores?
ML: Minha família, com toda certeza. Está sempre comigo em todas as batalhas. Também tenho grandes amigos que fazem valer todo o esforço que realizo.

MNL: Nem tudo na vida são flores. Essa é uma grande verdade. Você se viu alguma vez rodeado de problemas e, em consequência disso, pensou em abandonar a profissão?
ML: Sim. Toda profissão tem seus momentos doces, mas também suas travessias por terrenos pedregosos. Em determinados momentos, fazemos uma espécie de balanço e nos perguntamos: “Será que escolhi a profissão certa?”. Mas sempre aparece uma luz, mandada por alguém especial, que nos manda seguir em frente.

MNL: Após a superação de um período turbulento, nos sentimos renovados, mais confiantes. O que ajuda você a seguir em frente quando encontra um obstáculo?
ML: Deus sempre nos mostra que precisamos ser perseverantes naquilo que acreditamos. Nada vem fácil. É com muito suor e lágrimas que atingimos os nossos objetivos. O que realmente me ajuda a ser confiante é saber que estou sempre rodeado de pessoas que pensam como eu e acreditam que sempre há recompensas.

MNL: A sua rotina é bastante corrida. Você trabalha em várias escolas, incluindo rede pública e privada, e ainda comanda uma das seleções da cidade. Como você lida com essa responsabilidade? Você tem um tempo destinado ao lazer?
ML: Agora despertei para isso devido a uma série de problemas que estou enfrentando. Hoje eu percebo que é essencial ter um tempo para descansar ou fazer o que tenho vontade sem me preocupar com resultados, cobranças etc..

MNL: Em meados de 2009, surgiu um novo projeto: ser treinador da seleção aracatiense masculina de vôlei, inicialmente, sub-16. Quais as mudanças que aconteceram na sua vida a partir de então?
ML: Sem dúvida, mudanças em todos os sentidos. Eu estava acostumado com o trabalho escolar, que é totalmente diferente de uma seleção (independentemente do nível). Quando recebi o convite, coincidiu com o período da minha recuperação de uma cirurgia. Aceitei o desafio, ainda operado. Aos poucos fui conhecendo a turma e vendo o potencial da mesma. Foi super interessante.

MNL: Também em 2009, você participou como auxiliar da seleção aracatiense no campeonato cearense sub-19 (1º turno – Fortaleza; 2º turno – Aracati). Quais as lições que você tirou?
ML: Foi uma boa experiência. A atmosfera de um campeonato cearense é algo ímpar. Apesar de não alcançar um resultado expressivo, o Aracati entrou definitivamente para o mapa do vôlei, e isso foi fundamental. De lição, eu tiro que para nossa cidade chegar longe, o processo tem que começar cedo. A cidade tem potencial, apenas falta estruturar melhor o trabalho para chegar ao topo.

MNL: No mês de outubro (2009), diante de inúmeras dificuldades, você conseguiu chegar com uma boa equipe ao Intermunicipal sub-17, na cidade de Várzea Alegre, consagrando-se campeão da competição. O que essa conquista representou?
ML: Por tudo que aconteceu naquele período, eu acredito que tenha sido uma grande vitória pessoal para cada integrante daquela equipe (na qual você, Ygo Maia, também estava inserido) que se submeteu a viajar de Kombi durante seis longas horas, enfrentar pequenas privações e o descaso de muitas pessoas da própria cidade que não acreditavam na equipe. Essa conquista representou o “acreditar no impossível!”, e que podemos escalar qualquer montanha.

"Essa conquista representou o 'acreditar no impossível'", diz o professor Márcio
MNL: Com o tempo, houve um grande desgaste da equipe. Os treinamentos não eram mais os mesmos e o clima ficou um pouco “carregado”. Depois veio o Clube Nova Aliança para estancar a crise. Como você define essa Nova Aliança?
ML: Resgate de valores que haviam sido esquecidos por muitos que faziam parte do grupo no começo do trabalho. O CNA (Clube Nova Aliança) ainda precisa dar aquele “gás” e dizer a que veio.

MNL: Recentemente, você teve uma breve passagem pelo Instituto Waldemar Falcão (Salesianas). Como foi o desafio de trabalhar com crianças da educação infantil?
ML: Um desafio mesmo. Foi um grande aprendizado trabalhar com aquelas preciosidades.

MNL: No mês de dezembro de 2011, a cidade de Aracati sediou uma importante competição, as Olimpíadas do Vale do Jaguaribe, sub-21. A equipe local, sob o seu comando, conseguiu a medalha de prata. O que faltou para o tão sonhado ouro?
ML: Acredito que um pouco mais de foco por parte da nossa equipe. Vislumbramos algumas coisas que de fato não aconteceram. O ano também foi muito conturbado e de poucos torneios para nossa equipe pegar ritmo de jogo. A cidade de Jaguaribe veio com uma equipe forte e mereceu o “caneco”.

MNL: Estamos no início de um novo ano. Neste momento as coisas começam a se encaminhar e voltar à sua normalidade. Quais são os seus planos e sonhos para 2012?
ML: Os melhores possíveis. Estarei de casa nova no Município, (ainda não sei onde, mas vou me dedicar bastante). No CMS (Colégio Marta Silvério) e no Beni Carvalho, quero melhorar o trabalho feito em 2011. Quanto à seleção, (se eu permanecer no comando) pretendo fazer um bom trabalho e resolver algumas pendências.

MNL: Como foi citado no início da entrevista, você começou a exercer a função de educador muito cedo, ainda no período escolar. Dessa forma, você se considera um profissional maduro?
ML: Acredito que o ser humano deve procurar uma constante evolução. Comigo não é diferente. Ainda preciso crescer dentro da minha carreira. Em algumas situações, me sinto muito verde, (contrário de maduro) mas sei que posso tomar outras decisões. Maturidade é uma virtude que se adquire com o tempo.

Mergulho Rápido:

MNL: Uma palavra...
ML: Vida!
MNL: Amizade...
ML: Indispensável!
MNL: Esporte...
ML: Vôlei!
MNL: Dia do Professor...
ML: Normal!
MNL: Uma pessoa especial...
ML: Mãe!
MNL: Preconceito...
ML: Existente!
MNL: Um lugar...
ML: Santa Tereza!
MNL: Internet...
ML: Importante!
MNL: Prefeitura...
ML: Necessidade!
MNL: Deus...
ML: Soberano!

2 comentários:

  1. Educação e um sacerdócio... é o que podemos observar pelas palavras do Professor Márcio,
    formar e incentivar seus alunos para pratica saudável do esporte, quantos jovens são adotados pelas drogas, o esporte tem sido um instrumento na formação do caráter, de muitos meninos e jovens em muitas comunidades carentes. Ygo valei!!!

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    Respostas
    1. Olá, Aguiar.
      O professor Marcio continua realizando um grande trabalho. Para mim, foi um prazer poder mostrar um pouco do trabalho dele aqui no blog.
      Abraço!

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