quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

[Mergulhei Fundo] - A caixinha mágica


Título: A caixinha mágica
Autor(a): Luiza Trigo
Editora: Rocco Digital
Ano: 2013
Nº de páginas: 23


“A máquina de escrever do meu pai – a única coisa que eu tinha dele –, uma fotografia dos meus pais juntos: mamãe com um barrigão enorme e ele com cara de bobo. Eu não cheguei a conhecê-lo. Faleceu antes de eu nascer, mas mamãe sempre me contou muitas histórias sobre ele. Hoje, eu me lembro de poucas, mas guardo na memória com muito carinho. Segurei o porta-retratos com força. Agora eu não tinha nenhum dos dois.”

Priscila mora em um orfanato onde vivem mais de duzentas crianças. Certo dia, uma amiga da mãe dela, a quem ela chama de Tia Rita, guardou todos os pertences que ela achava importante e foi deixar lá. Em meio àquelas lembranças, a menina encontra uma caixinha desconhecida que a deixa intrigada. “Era pesada e fria, muito bonita”, ela descreve.

Quando arrastou o trinco para o lado, a caixinha se abriu revelando uma fadinha, que girava ao som de uma música familiar aos ouvidos de Pri. E não era só isso. No fundo da caixa ainda havia um bilhete velho e dobrado, que dizia: “Aos doze você terá uma surpresa”. Mesmo sem saber o significado, Priscila ficou com aquilo na cabeça.

“Lembrei-me da caixa e sorri. Ela foi o melhor presente de todos os tempos. Fiquei radiante ao recebê-la. Não que a dor tivesse passado, mas aquela descoberta funcionou como um antídoto à tristeza e mudou completamente o meu comportamento. E eu sequer desconfiava que aquele bilhete não havia sido escrito pela mamãe.”

Priscila tem uma paixonite por um garoto chamado Jonas, que também vive no orfanato. Ele era meio briguento, arrumava muita confusão, mas com o tempo foi se fechando no mundo dele e passava a maior parte do dia lendo na biblioteca. Os livros eram seus melhores amigos. Era uma paixão igual à de Pri pela música. 

O desejo de Priscila naquele Natal era um só: ter uma conversa com Jonas. O que ela nunca poderia imaginar era que contaria com a ajuda de uma fada madrinha capaz de tornar aquele desejo uma realidade.

“Eu queria muito conversar com Jonas, mas aquele pedido me parecia tão sem importância perto dos pedidos de muitas crianças do orfanato. Eu não estava me sentindo bem fazendo esse pedido, mas ao mesmo tempo tinha esperado o ano inteiro só para isso.”

Se eu falar mais do que isso, vou acabar estragando a surpresa do conto. Ele é bem curtinho, mas traz uma mensagem bonita: por menor que seja o seu gesto, se você faz o bem a alguém, lá na frente você acaba sendo recompensado de alguma forma.

Desejo a todos um Feliz Natal!

2 comentários:

  1. Olá,
    Não cheguei a ler esse conto, nem tenho vontade, até porque nunca fui muito de me interessar por contos. Mas gosto de histórias que trazem uma mensagem bacana.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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    Respostas
    1. Olá, Inês.
      Eu acabei encontrando esse conto por acaso. Como vi que era curtinho, decidi ler. Foi rapidinho. É bem interessante a mensagem que ele traz.
      Beijos!

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