Título: A Droga do Amor
Autor: Pedro Bandeira
Ano de lançamento: 2009*
Editora: Moderna
Nº de páginas: 174
# A história
A
Droga do Amor é o quarto livro da
série Os Karas.
Magrí, a única garota do grupo, está
em Nova Iorque para participar do Campeonato Mundial de Ginástica Olímpica e
nem imagina que o clima anda pesado entre seus amigos no Brasil. Miguel, Calú e
Crânio estão apaixonados por ela e acabam brigando feio durante uma reunião no
forro do vestiário do Colégio Elite, o esconderijo oficial dos Karas.
Sem entender o que estava
acontecendo, Chumbinho, o mais novo do grupo, manda um telegrama para Magrí
explicando toda aquela situação desagradável. A amizade fala mais alto do que o
sonho de ganhar uma medalha, então ela finge uma lesão para voltar ao Brasil
imediatamente.
No mesmo voo, estava o cientista
americano de um conhecido laboratório multinacional. O mundo estava esperançoso
pela cura para a praga do século. Esse cientista desembarcaria em São Paulo
para realizar os últimos testes do soro experimental que um jornalista criativo
apelidou de Droga do Amor. Caso desse
certo, aquela droga libertaria realmente o amor da morte.
Tudo começa a dar errado quando
ocorre uma confusão no aeroporto após o desembarque. Dona Iolanda, a professora
de ginástica de Magrí, é atingida por um tiro e cai inconsciente. O cientista
americano é sequestrado e a bolsa que continha a Droga do Amor é roubada. A cura para os amantes ficava cada vez
mais distante.
Mesmo com todos os conflitos internos,
Os Karas decidem não ficar de braços
cruzados e retomam o grupo para solucionar mais um mistério. Havia algo muito
maior em jogo.
# Opinião
Quase dez anos depois da primeira
aventura dos Karas (resenha aqui),
Pedro Bandeira escreveu a continuação da história a partir de uma sugestão recebida
por carta. O autor não apenas apostou na ideia, como dedicou essa obra à leitora
que a enviou. Que moral, hein?
O cenário é de crise entre os cinco
amigos. Nos livros anteriores, o leitor já acompanhou alguns desentendimentos
entre os Karas, mas nada comparado ao
que se apresenta nesse quarto volume. Apegado aos personagens principais,
também sofri junto com eles quando vi aquela sólida amizade desmoronar. E tudo
isso por causa de... AMOR!
É muito irônico que um sentimento
tão lindo seria responsável pela maior briga da história dos Karas até aqui, sendo que o grupo já
enfrentou tantas batalhas e seguiu firme. Com isso, Pedro Bandeira também mostrou
como seus personagens são revestidos de humanidade. Sensível, o autor fez outro
gol de placa ao retratar os conflitos do universo jovem, mas sem abrir mão das
aventuras que são o ponto alto da série.
A
Droga do Amor dialoga um pouco com o
primeiro volume da série, então é recomendável respeitar a ordem dos livros
para que o mergulho seja mais coerente e prazeroso. A ideia de “ressuscitar” o
vilão, Doutor Q.I, coloca mais lenha na fogueira. O clima de
mistério e tensão permanece no mesmo nível das obras anteriores, bem como a
ousadia e a inteligência do grupo de jovens investigadores.
Também é notória a mudança de
comportamento do detetive Andrade. Antes, ele sempre ficava com um pé atrás e
interferia muito nos passos dos Karas.
Agora, mesmo ainda demonstrando sua preocupação com a segurança dos garotos,
ele já os deixa mais à vontade durante as investigações. Andrade acaba virando
mais o “pai” do grupo, do que propriamente um detetive.
Nesse livro, o crime só acontece no
Brasil porque os vilões acreditavam que sairiam impunes, subestimando totalmente
a polícia brasileira. Isso me fez pensar a respeito do senso comum de que as
coisas aqui não funcionam e de como isso reflete na visão que os outros acabam
tendo do nosso país. Uma terra sem leis?
Para encerrar, destaco outro ponto
bem interessante que está presente na nota do autor. Portanto, a dica é que
fiquem bastante atentos durante a leitura e não ignorem essa parte final. Achei
uma sacada brilhante. Até a próxima!
*O livro foi publicado pela
primeira vez em 1994.
primeiro a comentar hehehe.....se inscreve no canal RafaD11
ResponderExcluirOi, Rafa.
ExcluirVou dar uma passada por lá!